Capítulo 17

Pozinhos mágicos...



POV Lisa

Olhei para o relógio pela… milésima vez? É, pelo jeito era isso. Mas depois de passar grande parte da noite trocando mensagens com Zac – a quem Josh praticamente admitiu ser o culpado –, eu parecia nem conseguir dormir. Mesmo assim, não teria feito outra coisa. Me senti péssima ao contar para ele o que aconteceu, exatamente porque eu não tinha influência em quase nada. Sabe aquela sensação de impotência? Sabe o quão horrível isso é? Foi por isso que eu fiz a única coisa que pude e fiquei falando com Zac, tentando distraí-lo. Se bem que eu não teria dormido de qualquer jeito, sabendo que ele estava mal. E muito menos depois de um dia como o de ontem, com tudo de bom e mau que aconteceu.

Desisti de me forçar a entrar num sono que não chegaria e me dediquei, invés disso, a tentar despertar meu cérebro e escrever uma mensagem coerente que explicasse para meus amigos o que tinha acontecido na noite anterior entre os irmãos Farro. Digitei algo simples, sem grandes rodeios, porque isso também não faria sentido. O que eles queriam era ter certeza de uma vez por todas, e ainda que ninguém lhes pudesse oferecer isso – por falta de câmaras de vigilância na escola –, a opinião de Zac era o mais próximo que havia. E fala sério, Josh já sabia que as latas estavam na sua mochila. Teria outra razão? Eu acho que não.

Só depois de enviar a mensagem é que fui perceber que, caso alguém não tivesse o celular em modo silencioso, eu faria de despertador inconveniente. Mas bem, agora o mal estava feito. Decidi parar de rolar pela cama pensando no mesmo e finalmente me levantei. Mesmo que ainda fossem umas 7 horas da manhã.

Desci as escadas e entrei na cozinha, sentindo o cheiro das torradas que papai preparava. Era raro eu o apanhar para o café da manhã a um sábado, sendo que ele saía para o emprego às 8 horas – e que realmente não era meu costume estar acordada a essa hora.

– Bom dia, pequena!

–Bom dia, papai – minha fala ainda estava arrastada pelo sono. Ou pela falta dele.

– Ui, alguém acordou cedo demais. O que aconteceu?

– Afff… Nada de especial.

– Mentirosa. Nunca na sua vida você tomou o café da manhã comigo a um sábado – suspirei, depois de engolir o pedaço de torrada que mastigava.

– Houve uns problemas com Josh. Uns… sérios problemas – decidi apenas contar a parte do “mau”. Falar sobre beijos com meu pai às 7 horas da manhã é uma ideia… nada agradável.

– Sérios, tipo…?

– Sérios tipo ele grafitar a parede da escola insultando o resto da banda – a boca dele ficou entreaberta. – Exato.

– Por quê?!

– Por causa das más influências – o olhar na cara de meu pai poderia ser cômico, hilariante até. Isso se a causa dele não me custasse a paz de espírito.

– Os adolescentes são mesmo impossíveis de perceber – falou ele depois de um tempo de choque, negando com a cabeça. Sempre foi seu costume acabar por descarrilar da conversa. – Veja só que ontem vi a parede da biblioteca grafitada.

– Sério? E dizia o quê?

– Qualquer coisa sobre o Rock n’ Roll… Depois que se queixem que as pessoas condenam o rock. Nem eles próprios sabem respeitar…

Assenti e continuei tomando meu leite. Uma conversa sobre comportamentos idiotas não era o programa ideal para o momento, na minha ideia. Se começássemos a falar sobre isso eu não me responsabilizaria pelo que falaria. Por isso, simplesmente não falei e continuei comendo. Muito mais saudável, não é mesmo?

Terminei o café da manhã com meu pai saindo apressado pela porta e me deixando a louça para lavar. Sempre muito simpático e sensível, esse homem. Suspirei e deitei mãos ao trabalho. Assim que organizei a louça limpa no escoador, sequei as mãos e peguei minha caneta e meu caderno, que tinha deixado pela sala na noite anterior. Eu podia não ser musicista nem compositora, mas se havia algo que eu amava era escrever. Prosa ou poesia, o primeiro que saísse – se bem que o costume era ser poesia mesmo. Há algo de muito especial nesse estilo: quanto mais você quebra as regras, melhor o poema sai. Isso, claro, se você as quebrar por uma causa. Caso contrário, o seu lindo poema será apenas uma grande confusão. O mais engraçado é que é assim com a vida também: você pode quebrar as regras que quiser, mas isso apenas criará algo bom se tiver uma justificação.

E lá estava eu de novo falando em quebrar regras… Realmente não era por aí que eu queria levar a conversa. Lembra quando eu disse que não queria falar de comportamentos idiotas? É, continuava sem querer. Por isso, decidi parar de pensar nos fatos e no que realmente aconteceu, e apenas me deixei absorver pelo campo poético dos sentimentos – e digo já que precisava bastante disso. Eu não sabia sequer se tinha direito a surtar com minhas amigas por ter beijado Zac, visto que elas estavam ainda lidando com tudo o que aconteceu com Josh… Melhor dizendo, eu não sabia sequer se tinha direito a surtar com Zac por o ter beijado, mesmo tendo passado a noite a falar com ele. Esse foi um assunto que deixamos um pouco de lado e eu não sabia se seria legal interromper a conversa para esclarecer as coisas. Acho que não valeria sequer a pena: eu não sabia o que dizer e, em qualquer caso, nós tínhamos tempo. “Nós temos tempo”, tive que falar para mim mesma de novo, quando senti o nó na garganta e os olhos umedecendo. E vê? Eu estou mesmo uma bagunça…

Nem sei quanto tempo fiquei no sofá, com a cara quase metida dentro do caderno. Tive a vaga noção de minha mãe passar por mim e falar “bom dia”, mas nem sei se respondi ou não. Só acordei de meus pensamentos com o toque da campainha.

– Quem será? – falou minha mãe da cozinha.

– E eu é que sei? – sério, às vezes essa mulher tem cada pergunta… - Pode deixar, eu vou.

– Mas…

Nem liguei para o que ela ia falar e segui pelo corredor, abrindo a porta em seguida.

– Bom dia!

– Zac? – franzi minhas sobrancelhas por cima dos óculos - óculos esses que eu só usava à noite e de manhã, enquanto não me arranjava. Isso fez faísca no meu cérebro: eu ainda estava de pijama. Ótimo. Ainda assim, não podia impedir meus lábios de se curvarem num sorriso ao vê-lo. E parecer mais idiota do que já parecia. Mil vezes melhor. – O que você faz aqui?

– Vim-te buscar para sair.

– Podia ter mandado mensagem pra combinar – falei devagar, sem entender muito bem.

– Não, não podia – abri a boca para falar um “por que”, mas ele se adiantou. – Deixa, você irá entender logo.

Apertei os olhos em suspeita. O que esse menino teria preparado agora?

– Ok. Entre, enquanto eu… - apontei freneticamente para vários pontos críticos do meu look matinal: minha cara, meu cabelo, minhas roupas… Ah, sim! Para mais eu estava de short. Sem ter feito a depilação. Sinta meu desespero.

– Se preferir. Eu acho que você fica muito mais sexy de óculos – tive que rir da expressão dele. Bendito seja Zac e seu humor.

– É, mas eu prefiro – ele revirou os olhos para mim. Oras, eu ainda sou uma garota. Andar por aí completamente bagunçada em frente ao menino que beijei ontem não é algo que ajude com meu orgulho. – Mas volto já, ok?

– Está bom. Mas corra! – ele falou mais alto, enquanto eu já corria escadas acima em direção ao meu quarto, sem nem me preocupar em fechar a porta. Enquanto escolhia uma roupa mais decente, fui prestando atenção no que ele e minha mãe falavam lá em baixo. Eles já se tinham conhecido uma vez na escola, o que, como pode calcular, não permitiu grandes conversas. Então eu temi pelo que se passaria.

– Zac! Que bom ver você de novo! – escutei o som de beijos estalados.

– Bom dia, Sra Cohen. O prazer é todo meu – que menino educado que eu fui arrumar, não é mesmo? O pior é que eu não sei se arrumei mesmo ou… Ok, vamos parar de fraqueza. Ele está aqui agora, isso deve contar para algo. Assenti para mim mesma e continuei enfiando as calças nas pernas.

– Então, o que você faz aqui tão cedo?

– Bem… Vou levar Lisa num passeio. Se a Sra autorizar, claro – sério que ele é tão relaxado comigo e fica tão sem jeito sozinho com minha mãe? A vontade de lhe dar um grande abraço só aumentou.

– Zac, olha aqui – o tom de minha mãe me fez desconfiar do que se seguiria. Era bom que isso fosse o início de uma piada qualquer. – Item número 1: a senhora está no céu. Pode-me chamar apenas de Kate, só não à frente do Sr Cohen. Ele é muito chato. Item número 2: vocês podem fazer o que quiserem. Bom, não tudo o que quiserem, se é que me faço entender – fechei os olhos com força, esperando que ela não estivesse falando do que eu pensava que ela estava falando. – Por isso, tome cuidado. Fique relaxado, mas tome cuidado.

– Mas, Sra—

– Ei!

– Kate! Desculpe. Mas… nós não… eu… - minha mãe riu, enquanto Zac parecia estar realmente embaraçado. Que grande mãe que eu fui ter…

– Não se preocupe, Zac. Eu sei que não é sua intenção por agora. Mas vocês são adolescentes e isso é algo natural. Ou acha que eu não notei o tempo que você demorou olhando as pernas de minha filha? – WHAT? É sério, eu vou renegar minha mãe para sempre! Pobre Zac, até doeu escutar sua voz subir de tom.

– O quê?... Eu… eu…

– Relaxe, Zac. Como eu disse, é algo natural. Apenas tomem cuidado com isso. Quando se é jovem, se pensa que tem que se ter tudo de imediato e raramente se medem as conseqüências… Elas podem ser dolorosas, sabia?

Passei a escova pelo cabelo rapidamente, sem desfazer meus caracóis. Peguei no celular e corri para o andar de baixo. Já passava da hora de pôr um fim às idiotices de minha mãe.

– Então, tudo bem aqui? – falei calmamente, como se não tivesse escutado nada. Zac fazia tentativas frustradas de recompor sua cara de puro choque e vergonha, enquanto minha mãe sorria naturalmente. Sabe, acho que meus pais são fãs não-assumidos de humor negro. Não que isso fosse livrá-la de um grande sermão quando eu estivesse sozinha com ela. Ah, não!

– Aham. Zac me falou que quer levar você a passear. Está pronta?

– Claro. Mas onde vamos? – perguntei a Zac, que já estava um pouco mais calmo. Dentro dos possíveis, é claro.

– Ah, isso é surpresa. Você tem tudo?

– Sim, também não preciso levar nada mesmo, certo?

– Por mim, não. Basta você vir – ele falou, me puxando já pela mão. Acho que ele ficou seriamente traumatizado com minha mãe.

– Ok. Tchau, mamãe!

– Tchau filha! Tchau Zac! Tomem cuidado! – bati a porta e me dei conta do triste fato: essa expressão nunca mais será a mesma para mim.

– Sua mãe… Ela é… bastante direta – Zac murmurou enquanto mordia os lábios. Peguei na mão dele e dei uma risada. Ele me olhou de lado, mas logo me acompanhou.

– Ela só faz isso para assustar você. Não se preocupe, ela já te ama.

– Ah bom… Se ela me ama, então acho que está tudo bem – rimos de novo.

– É – deixei nossos risos acalmarem. – Mas onde a gente vai?

– Eu já não falei que isso é surpresa?

– Aaaahh, mas eu quero saber… - falei na minha melhor imitação de gatinho do Shrek.

– Mas não vai saber por enquanto – ele tocou meu nariz.

– Isso não é justo!

– Sério? Eu quero fazer uma surpresa para você e você fala que não é justo? – ele se fingiu muito ressentido.

– Claro que não é justo. Você sabe e eu não!

– Esse é o conceito de surpresa, amor.

Ele parou de andar e me puxou para a frente dele, pela cintura. Deixei que meus olhos apenas fitassem os dele por algum tempo. Tinha saudades de o ter tão perto de mim, por menos horas que tivessem passado. Eu estava ficando viciada nesse menino. E quer saber o melhor? Eu não estava nem aí.

Num movimento mais rápido, juntei meus lábios aos dele, puxando-o pela nuca, enquanto ele agarrava minha cintura mais firmemente. Esse beijo podia ser uma repetição do primeiro, conosco exatamente na mesma posição e eu sentindo na mesma os arrepios descerem minha espinha, sem querer sequer saber se a falta de ar era psicológica ou real.

Podia ser apenas uma repetição. Podia.

Mas não era.

Tudo era novo, desde a sensação de seus lábios até ao jeito de sua língua. Mesmo tudo me parecendo já conhecido, familiar e até me fazendo sentir como se estivesse em casa, isso me fazia sentir bem no presente. No agora, esse beijo me trazia paz e me fazia entender o sentimento com que andei a manhã toda às voltas numa folha de papel. Esse pequeno incômodo que era a falta dele do meu lado, esse medo de que tudo do dia anterior tivesse sido um sonho, um erro, algo para esquecer… Essa insegurança e, ao mesmo tempo, essa vontade de… sei lá… lutar, correr por ele, abraçá-lo e rir com ele… Eu entendi tudo isso nesse beijo: eu estava apaixonada.

Meus pulmões queimavam – mal me conseguia lembrar como respirar, como eu iria conseguir fazê-lo no meio de um beijo desses? Meu instinto me forçou a me afastar para respirar, mas deixei minha testa colada na dele. Zac também estava ofegante. Fitei-o um tempo. Deus, como ele ficava diferente nessa posição! Ele, que sempre tinha algo a dizer, uma piada para acrescentar… Mas agora não. Sua guarda estava baixa e seu olhar era sincero. E eu… Eu amava isso.

Mais algum tempo passou e nós nos separamos rindo como bobos. Ele pegou na minha mão e passamos a andar de novo. Deixei que ele nos conduzisse, afinal ele é que sabia onde íamos. Isso me fez sorrir. Uma surpresa… fazia um bom tempo que não era surpreendida. Mas desisti de tentar fazê-lo contar, já tinha ficado na cara que isso não aconteceria. Se bem que ele parecia ficar cada vez mais nervoso à medida que íamos andando, segundo me pareceu, em direção ao parque. Claro que isso só me deixou mais curiosa. Mas mordi minha língua quando, mais uma vez, tive vontade de o questionar. Ele estava claramente a fazer um grande esforço com essa surpresa e eu não o iria pressionar.

Olhei e sorri para ele quando chegamos realmente à entrada do parque. Zac retribuiu, mas eu vi o nervosismo em seus olhos e no canto de seus lábios. Apertei mais sua mão.

– Vai correr tudo bem.

– Não era para você perceber que eu estou nervoso – dessa eu ri.

– Pode deixar, eu finjo que não percebi – ele revirou os olhos e sorriu também, abraçando minha cintura. Eu coloquei minha mão no seu ombro e empurrei-o ligeiramente em frente.

O parque aqui em Franklin ficava lindo no Inverno, especialmente quando estava coberto por neve. Hoje não era esse o caso, já não nevava há algum tempo. Mesmo assim, continuava fazendo bastante frio e isso tornava o parque quase deserto. A geada da manhã cobria as plantas e os patos grasnavam, nadando pelo lago. Adentramos o local até não escutarmos mais o barulho da estrada e só restarem os bons e velhos sons da natureza.

Zac me puxou em direção a um banco em frente ao lago, numa zona mais escondida. Deitei minha cabeça no seu ombro, sentindo finalmente algum cansaço me abater, depois da noite em branco. Ele colocou um braço ao redor de meus ombros e eu juro que nunca estive tão confortável na vida. O ar frio queimava um pouco meus pulmões, mas eu até gostava disso. Parecia limpar. E depois o calor que exalava de Zac e que me aquecia as costas e os ombros era tão bom… A vontade de fechar os olhos bateu mais forte e eu cedi. Tudo isso me parecia tão bom e seguro, mas o fim foi mesmo quando senti os dedos de Zac acariciando meu cabelo. Desisti de lutar e deixei que a escuridão me levasse.

Não sei por quanto tempo dormi, nem sei porque acordei, mas me sentia bastante mais descansada e calma. Levantei o olhar para Zac, que fitava o lago em frente, parecendo feliz. Sorri e me ajeitei um pouco no banco, atraindo sua atenção para mim.

– Boa sesta, hein?

– Sim, ótima. O encosto ajudou imenso, né. E você, dormiu alguma coisa?

– Dormir, não dormir. Mas descansei, sim. Parece que fica mais fácil com você do meu lado – só eu que senti meus olhos brilharem aqui? É bom que tenha sido só eu mesmo, olha que eu sei vários golpes de Krav Maga!

– Ficou menos nervoso? – ele riu e coçou a nuca.

– Na verdade, não.

– Por quê? O que você me quer mostrar tão importante assim? – ele me fitou um instante, parecendo se decidir. Depois se virou bem de frente para mim, levando a mão ao interior do casaco. Tirou de lá uma caixinha de cartão e entregou-ma. Eu o questionei com o olhar e um meio sorriso e ele apenas murmurou um “abra”. Obedeci e encontrei um pequeno anel de plástico cor-de-rosa, em forma de coração. Senti o sorriso encher por completo meu rosto, enquanto eu pegava no anel e o observava mais de perto.

– Sabe aquelas máquinas de café em que sempre sai presente? – eu assenti para ele, dividida entre o curiosa e o divertida – Ora, um dia quando eu tinha… oito anos, acho, eu e Josh jogamos numa. Me lembro bem, porque mamãe nunca nos deixava jogar: só deixou dessa vez porque era aniversário do Josh… Ele jogou primeiro, falando que queria uma daquelas bolinhas pequenas pra levar para a escola e brincar lá com ela. E não é que ele coloca a moeda e sai uma dessas bolas? Eu fiquei encantado, achei que a máquina era mágica até… - gargalhei – Então eu falei que queria um carrinho vermelho, porque todos os carrinhos que eu tinha eram escuros e tinha visto na tv um… Enfim, coisa de criança. E lá pus a moeda, achando que realmente me ia sair um carrinho vermelho porque, caramba, a máquina era mágica! Fiquei na maior expectativa, mas, quando fui ver, me tinha saído um anel cor-de-rosa. Você pode imaginar o quanto Josh me zoou por isso, né? Ainda por cima em forma de coração! – assenti, com os olhos úmidos. Eu tinha uma ideia do rumo que essa conversa levaria, mas me forcei a não esperar nada. Não até ela chegar ao fim. – Bom, foi aí que eu, completamente desiludido por pensar que afinal a magia não existia, cheguei ao limite e gritei para Josh “Você vai ver, eu vou conhecer minha princesa primeiro que você e vou dar pra ela esse anel. E o que você terá para dar à sua? Uma bolada na cara!” – ri com gosto do jeito dele de imitar sua versão mais pequena. – E bem… olhe do jeito que as coisas estão hoje… Josh nunca teve uma namorada e aqui estou eu, te oferecendo esse anel. Acho que a magia realmente existe, o que você diz?

– É… a magia existe. Se chama amor.

Zac sorriu largamente e colocou o pequeno anel no meu dedo, empurrando-o gentilmente até onde ele servisse. Eu olhei para minha mão e, num impulso, abracei-o com força, como uma recém-noiva faria. Seu riso junto a meu ouvido me fez arrepiar e eu soube que jamais outra pessoa teria esse efeito em mim. Era algo que me dava força, conforto, felicidade, paz... Ah! E claro, um pouco de pozinhos mágicos.

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