Capítulo 18

Someone stop this song!



Música do Capítulo: Stop This Song

Segunda-feira, 25 de Janeiro
Taylor

Eu achava que os tempos difíceis tinham passado, sabe? Depois do ensaio de sábado e de um fim de semana calmo, as coisas pareciam se recompor. Não que tivesse passado muito tempo – nem sequer passou o tempo suficiente para podermos assimilar o que perder Josh significa – mas parecia que estávamos num bom caminho. A raiva, a angústia, a desilusão, descarregamos tudo isso nos instrumentos e o que parecia tão mau, tão destrutivo, foi capaz de… sei lá… criar algo. Isso foi uma boa terapia.

Claro que nenhum de nós quis lembrar que hoje teríamos de regressar à escola. Mas as segundas sempre chegam, mesmo que indesejadas. A boa notícia é que toda a parede onde se via antes o graffiti tinha sido pintada: o amarelo pálido parecia ter ganho um novo vigor e o cheiro a tinta intoxicava todos os alunos que passavam pelo corredor, levando-os, muitas vezes, a tapar a boca e o nariz ou a apenas abanar uma mão em frente a eles. A má notícia é que foi nesse exato momento, enquanto passávamos o corredor recém-pintado e brincávamos dizendo que pelo menos eles tinham tido uma desculpa para pintar a parede velha, que apareceu Josh.

– O que está fazendo aqui? – senti o sangue de Jeremy ferver de imediato. Ele não é pessoa a quem se peça para ter calma.

– Eu ainda estudo nessa escola, lembra?

– Infelizmente lembro. Pensei foi que você tivesse pelo menos a decência de ficar longe – agarrei o pulso de Jeremy com força, mandando-o calar. Aquela não era a hora nem o lugar para uma briga… sobretudo quando eu via perfeitamente Jenna e Chad num canto afastado do corredor nos observando com interesse. Josh deu um sorrisinho sarcástico.

– Eu também pensei que vocês tivessem a decência de acreditar na verdade. Mas pelo visto me enganei.

– O quê?! Você está realmente querendo negar que foi você? – devo dizer, o riso sarcástico de Jeremy não ficava atrás. O que não era bom presságio.

– Querendo? Ah, não! Eu estou afirmando que não fui eu. E que vocês foram idiotas o suficiente para achar isso – senti meus próprios olhos estreitarem e acredito que as restantes reações não tenham sido diferentes. A tensão e a briga que confesso que até esperava. Agora Josh negar ter sido ele, mesmo depois de todas as provas… Ora aí está algo que eu não esperava ouvir. Mas Josh já demonstrou ser uma caixinha de surpresas, não é?

– Chama de whores, chama de idiotas e ainda quer fazer de nós imbecis?! – a indignação parecia explodir por todo o rosto de Jeremy – Sabe que mais? Que nos julgue, que nos chame… Mas do que depender de nós, nós não o seremos.

– Mas é o que vocês estão sendo, por preferir acreditar em terceiros do que no amigo de três anos.

– Certo, e seu irmão tem tão pouco crédito assim? Para você o considerar um terceiro? – toda a energia que Josh demonstrava, fosse por que razão fosse, pareceu morrer.

– Zac… Zac não entendeu o que aconteceu.

– Ah é? Zac não entendeu que havia latas de graffiti na sua mochila e que você sabia, é isso?

– VOCÊS NÃO SABEM NADA! Ficam aí julgando e se achando donos da verdade, mas vocês não sabem pelo que eu tenho passado, nem o que isso tem feito a mim, ok? Vocês não têm o direito de me tratar desse jeito sem saber o que realmente aconteceu, sem ter provas concretas! Vocês não têm o direito de arruinar minha vida com base numa mentira! – o discurso de Josh pareceu tão convincente quanto seu olhar de desespero, mas não era o suficiente. Não para mim, não depois de tudo.

– Josh – Hayley chamou do outro lado de Jeremy, parecendo perfeitamente calma em comparação com os outros dois –, desapareça.

Josh pareceu ficar quebrado com isso. Pudera, sua mentira não pegou! Enquanto Josh a fixava chocado, Hayley o ultrapassou, dando a deixa a todos nós para furar pela multidão que se tinha juntado.

– Zac não vai acreditar quando lhe contar isso – Jeremy falou ainda irritado, alguns corredores depois.

– Afff, deixe o rapaz ser feliz lá com a namorada! – ah, sim, Zac e Lisa começaram a namorar no sábado. Ao menos alguém que saiba aproveitar o que tem nesse mundo. Ok, isso pareceu amargurado demais. Mas eu realmente estou feliz por vê-los a se acertarem.

– Parece-me que alguém também gostava de ser feliz lá com alguém.

– E a mim parece que alguém está com ciúmes – ora aí está a razão pela qual eu gostava de ver as pessoas se acertando. Jane e Jeremy viviam nesse “chove, não molha” e eu só ficava pedindo para um deles se passar de vez e beijar o outro. E acabei de perceber o quão irônico isso foi. Whatever, comigo e com Sarah é diferente, ok? Ok.

– E a mim parece que vou ser forever alone para sempre – Hayley disse depois de um suspiro, calando os outros dois. Sarah revirou os olhos para ela e a puxou mais para a frente pelo braço.

– É isso, deixemos o casalinho feliz e vamos nós ser forever alones lá longe – logo se instalou a confusão, com eles os dois reclamando do título de “casal” e eu de ser deixado com eles.

– Ei, vamos acalmar, né gente? E não, Sarah, não vamos ser as duas forever alones porque você vai agarrar o Taylor e eu vou ficar sozinha para todo o sempre. Depois seus filhos vão me chamar de Tia Solteirona. E eu vou ter um monte de gatos, e rugas, e…

– Aaaawww! Vamos todos abraçar Tia Hayley Solteirona, para ela não ficar forever alone para sempre – pediu Sarah, indo já em direção à nossa cantora amada. Nós os três também não demoramos, e logo Hayley se viu engolida por um dos mais apertados abraços de grupo de sempre. Claro que as pessoas passavam e nos achavam os maiores idiotas. Mas quem se importa mesmo? Apesar de tudo, nós continuávamos ali, ainda amigos. Ainda uma banda.

A Paramore continua e não há nada que nos possa tirar isso.


Sarah

As coisas não têm sido tão fáceis quanto achei que seriam. O drama não passou, o problema não se resolveu e quem achar que nós andamos bem tem de ganhar olhos na cara. Especialmente depois de hoje.

Claro que não desisti da ideia de que ter a banda e a música é uma boa “terapia”. Não vou mentir: é uma ajuda muito grande. Sem ambas as coisas, acredito que todos lidássemos com isso de forma bem pior. Ter algo e alguém, sobretudo, em quem nos apoiar é essencial. Mas enquanto não houver paz com Josh, vamos estar sempre nessa posição defensiva, porque nunca sabe quando haverá um novo “ataque”. E não ache que isso são devaneios obsessivos.

Ainda essa manhã enfrentamos uma grande discussão. Claro que ela não teria existido senão fosse, provavelmente, o temperamento de Jeremy. Eu muito mais facilmente daria costas a alguém que não merece o meu respeito. Mas Jeremy não é assim e Josh sabe disso – o que só me faz acreditar ainda mais no que ele tanto insistiu em negar. Por mais que tenha sido Jeremy a começar a discussão, se Josh fosse realmente inocente, ele não teria rebatido. No máximo, teria dito que ele não foi o autor do graffiti calmamente e teria seguido seu caminho. Qualquer pessoa inocente saberia fazer isso.

Mas não, tivemos que mostrar o conflito para todo o mundo – sim, porque até multidão havia – e mesmo assim Josh não se mostrou satisfeito e teve que ir pressionar o ponto mais fraco: Hayley. Não que ela seja fraca, ok? Foi ela quem terminou a discussão com um ponto final bem claro e forte. Mas ela sempre sentiu algo por Josh e posso garantir que isso não é algo que desapareça da noite para o dia. A pior parte é que Josh sabe disso e, mais uma vez se aproveitou.


***


Flashback – POV Hayley

Hoje não é o meu dia”, entendi enquanto caminhava pelo corredor e desviava o olhar das caras curiosas que passavam por mim, parecendo tirar algum tipo de prazer doentio de me ver praticamente engolindo o choro. Me lembrei do quanto implorei para minha mãe me deixar ficar em casa, mas o argumento da doença não a convenceu. Ela já tinha uma ideia do que tinha acontecido, então achava que a única forma de resolver meu problema era enfrentando-o – o que, devo dizer, estava a correr otimamente bem. Nem tinha havido uma discussão às 8h da manhã, nem havia cochichos por todo o lado que eu passasse (mais do que já haviam circulado na sexta, claro), nem eu já tinha pedido umas duas vezes para ir ao banheiro apenas para esmurrar alguma coisa longe dos olhares dos meus colegas. E eu nem estou a ser irônica.

E depois de umas quatro horas aguentando tudo isso, agora teria minha última aula do dia. Mas não respire de alívio já – a aula era com ele. Ótima forma de massacrar uma idiota cansada, não é mesmo? Para poder ter alguma manobra de escape, resolvi ir mais cedo para o laboratório e me sentar na mesa da primeira fila que ficava no canto. Normalmente as mesas enchiam das primeiras filas para trás e, com alguma sorte, seria aí onde ele ficaria. Longe. E ficando no canto em frente ao professor, nem sequer teria de o ver entrar. Perfeito.

Esse pequeno controle que eu achava que teria me deu um pouco de ânimo e, pasme!, até me fez crer que seria capaz de ficar sentada mais hora e meia escutando a voz monocórdia do professor de Biologia. Juro que acreditei!

Parei em frente à porta do laboratório e respirei fundo. Tinha ainda uns bons cinco minutos até ao toque, tempo mais que suficiente para descansar um pouco antes da aula, para depois conseguir ficar atenta o maior tempo possível. E, obviamente, também seria menos tempo durante o qual teria de enfrentar aqueles olhares duros que me importunavam pelos corredores. Isso me fez arrepender de não ter trazido ninguém comigo. Mas, sinceramente, não me apetecia ter de explicar meu plano para ninguém – e muito menos a razão para eu o elaborar. Não me apetecia falar do quanto seria insuportável ver Josh de novo nem, em particular, do por que. A única pessoa a quem eu sequer o tinha admitido era Sarah, mas ela estava entretida brincando sobre algo com Taylor. E eu ainda não estou tão cansada assim para ir arruinar isso.

Portanto, apenas falei que ia ao banheiro e desapareci pela multidão, caminhando decidida. Meu plano estava traçado e eu não tinha razão para hesitar e ficar encarando aquelas expressões frias por mais tempo do que o necessário. E agora já tinha chegado onde queria e tudo estava nos conformes. O que restava era fácil.

Abri a porta e entrei, aliviada e um pouco satisfeita – isso, até encarar a pessoa que já estava lá dentro. “Hoje não é mesmo o meu dia…”

– Hayley – sua voz pouco mais que suspirou, com alguma surpresa. Fechei os olhos e respirei fundo, pensando em simplesmente dar costas. Seria bem melhor encarar os olhares invasivos e cruéis do que aquele olhar, não seria? – Por favor, não vá.

Meu coração deu um baque com esse pedido. A voz dele dessa forma… Era exatamente como antes.

– E para quê ficar?

– Não sei. Mas ficar longe de você é difícil – dei um sorrisinho irônico, abrindo por fim os olhos.

– Devia ter pensado nisso antes – rematei, indo em direção à porta, mas me esqueci de tudo quando senti seus dedos em redor do meu pulso. Ele não me prendia nem sequer me puxava. Eu podia ter ido embora, se quisesse. Podia. Mas não fui.

– Você acredita que fui eu? – senti um ligeiro sopro tocar meus cabelos e fechei os olhos de novo, para logo me voltar e os abrir, encontrando-o mais perto do que o esperado. Muito mais perto. Dei um passo atrás.

– Eu não tenho muita escolha, Josh. Tudo aponta para você. Até você próprio – ele negou veementemente com a cabeça, parecendo ter se auto controlar para não ceder a um qualquer instinto. O pior era saber se era um agressivo ou simplesmente depressivo.

– Não fui eu.

– Então como você sabia das latas, hein? – senti minha voz subir de tom, à medida que a conversa ia desgastando minha paciência.

– Eu fiz um graffiti, sim, mas não foi esse!

– Ah é? E qual é esse famoso graffiti, então?

– Está na parede da biblioteca. Diz que o Rock não está morto.

– E como eu vou saber se isso é verdade?

– Vai lá ver, caramba! – de novo ele pareceu ter que se refrear perante o meu sarcasmo, obrigando-se a respirar fundo.

– E se você só foi lá pintá-lo para encobrir? E se nem foi você que fez e só tá falando nele porque o viu e achou um bom álibi? E se…

– Acho que vai ter que aceitar apenas minha palavra – ele me cortou, falando com um certo desespero. Seus enormes olhos castanhos – que eu fitava diretamente pela primeira vez – pareciam tão cansados quanto os meus, implorando por paz. E eu… eu queria acreditar. Estava completamente hipnotizada – tanto que nem sequer me tentei afastar quando ele deu um passo na minha direção, ficando perigosamente perto – Sabe, eu escrevi uma música para você que nunca tive chance de mostrar.

– É? – mesmo tentando engolir saliva, não consegui falar mais do que isso. Minha boca estava desértica meu coração parecia trepar um pouco mais por minha garganta a cada batida frenética.

– Sim, se chama My Number One. Começa assim: “You’re my number one, you’re my golden star. I look at earth from here, still you don’t seem so far”. Ok, assim parece péssima – ele sorriu de um jeito que eu já não via desde o nosso último concerto… do jeito que eu amava. Não me consegui impedir de acompanhar – Mas depois é: “Oh you will never know, until I see you show through. Oh oh oh oh ooooh oh oh, Oh I will never admit that I…”

– Nunca vai admitir o quê? – minha voz falhava cada vez mais, à medida que nossas caras se aproximavam sem eu sequer tomar noção.

– That I love you.

You say the sweetest things
(Você diz as coisas mais doces)
And I can't keep my heart from singing
(E eu não consigo impedir meu coração de cantar)
Along to the sound of your song
(Junto com o som da sua canção)
My stupid feet keep moving
(Meus pés estúpidos continuam se movendo)
To this 4/4 beat, I'm in time with you
(A esse ritmo de 4 por 4, estou sincronizada com você)
Whoa, to this 4/4 beat I would die for you (die for you)
(Whoa, a esse ritmo de 4/4, eu morreria por você)

Não sei se foi o jeito dele falar aquilo, não sei se foi escutá-lo depois de o desejar por tanto tempo, não sei se foi nossa proximidade ou… ou tudo isso junto. Eu nem sei o que senti. Não soube no momento e não sei ainda. Só sei que senti meus olhos se inundarem e um nó se atar na minha garganta, ao mesmo tempo que atirei meus braços ao redor de seu pescoço, agarrando sua nuca e o puxando em direção a minha boca.

I've gone too far to come back from here,
(Eu fui longe demais para voltar daqui)
But you don't have a clue
(Mas você não faz ideia)
You don't know what you do to me
(Você não sabe o que me faz)

Nosso embate foi forte e um pouco doloroso, mas logo senti sua boca se moldar perfeitamente à minha e a ponta de sua língua me acariciar de vez em quando. Seus lábios não eram apenas suaves (mais do que eu esperava), eram também gentis e meigos. Me faziam esquecer de tudo. O beijo não passava de um selinho, mas me senti amada nesse momento.

Won't someone stop this song,
(Alguém que pare essa canção)
So I won't sing along
(Para que eu não a acompanhe)
Someone stop this song,
(Alguém que pare essa canção)
So I won't sing
(Para que eu não cante)

Mas logo passou.

O toque de um celular me arrancou do momento e, sobretudo, de minha amnésia temporária. Não havia mochila alguma em cima das várias mesas e o som parecia vir da despensa onde se guardam os materiais para as experiências. Um som que era parecido demais com o trechozinho que ainda agora me tinha feito beijar o safado filho de uma mãe que o tinha cantado! Ignorando-o, cobri a distância que necessitava percorrer em dois grandes passos e puxei a porta já entreaberta, dando de caras com a Barbie versão metaleira e sua cara de maior espanto fingido.

I've gone to far to come back from here,
(Eu fui longe demais para voltar daqui)
But you don't have a clue
(Mas você não tem ideia)
You don't know what you do to me
(Você não sabe o que me faz)
I've come to far to get over you,
(Eu fui longe demais para te esquecer)
And you don't have a clue
(E você não tem ideia)
You don't know what you do to me
(Você não sabe o que me faz)

Sabe, eu acho que deveria ganhar o Prêmio de Melhor Caçadora de Tesouros Vulgares do Ano. E de Miss Idiota Universal também. Mundial não chega, acredite.

E foi assim, com os lábios ainda latejando e com o nó na garganta mais apertado que nunca, que praticamente corri para fora daquele laboratório, deixando para trás uma Jenna e um Josh que, sinceramente, me davam vômitos.

It creeps in like a spider
(Ela infiltra-se como uma aranha)
Can't be killed, although I try and try to
(Não pode ser morta, apesar de eu tentar e tentar de novo)
Well, don't you see I'm falling?
(Você não vê que eu estou caindo?)
Don't wanna love you, but I do
(Não te quero amar, mas é o que sinto)


***


Fui achá-la correndo para fora da escola, um pouco depois de ter tocado para dentro. Ia sozinha porque necessitei regressar ao meu armário para pegar um livro de que me tinha esquecido e não quis que mais ninguém se atrasasse por minha causa. Mal vi aqueles cabelos cor de fogo, hoje um pouco baços, chicoteando o ar, me apressei até Hayley, com o livro ainda debaixo do braço.

– Hayles! Que aconteceu?

Ela apenas me abraçou e desabou. Bem ali, na entrada da escola. Hayley. Ela não podia estar minimamente bem.

Deixei-a descarregar um pouco, afastando com o olhar os funcionários meio preocupados, meio curiosos que vinham na nossa direção de vez em quando. Quando ela pareceu acalmar um pouco, levei-a para fora da escola, guiando-nos em direção a um canto mais escondido da rua. Ela não chorou de novo e apenas me explicou o que aconteceu. Contou que tinha encontrado Joshaparentemente sozinho nos laboratórios e que eles conversaram um pouquinho. Ele parecia estar realmente falando a verdade quando dizia que era inocente e eles… eles acabaram se beijando. Mas aí o celular de Jenna, que estava escondida na despensa dos materiais (note a criatividade das pessoas quando têm que esconder algo), tocou e estragou tudo – tanto o beijo quanto a ingenuidade de Hayley.

Para mim, isso só funcionou como prova final. Josh não é confiável e não há mais volta.

A pior parte é o significado que isso tem para nós e, em particular, para quem o chama de “amigo” há mais tempo. Há tanta coisa a curar, a reconstruir e, eventualmente, a esquecer e a perdoar até chegar ao dito “estado normal”, que eu nem sei por onde começar.

Lembra quando eu era apenas fã da Paramore de longe? Eu nunca admiti isso, mas eu costumava invejar a amizade que eu via entre eles, porque eu nunca tive isso com ninguém. E agora que eu a tenho, Josh tem uma crise qualquer e arruína tudo pelo qual todos lutaram durante três anos.

E nós ficamos aqui, em pedaços, tentando nos reconstruir.

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