Capítulo 26

I think we have an emergency



Música do Capítulo: Emergency

Sexta-feira, 19 de Fevereiro
Taylor

Imagine o que é você estar relaxado em plena aula de História – animado até, porque seus amigos e você encontraram a forma perfeita de se desculpar a um outro amigo – e, nisto, entra uma funcionária, te chamando a ti e tuas duas colegas de banda, ao gabinete do diretor.

Ah, mas minha manhã não ficou por aí. O que o diretor tanto nos queria comunicar, a toda a Paramore, era que a investigação tinha terminado e, contrariamente a tudo o que seria de esperar, Josh não fora o culpado pelo graffiti – mas sim vítima de uma armação de nada mais nada menos do que Jenna e Chad. Essa parte é que já era de esperar, esses dois desgraçados causam mais problemas do que os que valem… E claro que ninguém desconfiou, visto que eles usaram um garoto da turma de Zac para fazer o “trabalho sujo”.

Só de pensar em tudo isso, a raiva volta a borbulhar por todo o lado. Raiva deles e, honestamente, raiva de nós também. Raiva de termos desistido por completo de alguém a quem chamamos de amigo apenas porque ele cometeu alguns erros…

Mas essa raiva, sinto-a toda agora, porque no momento, após escutar aquelas palavras completamente inesperadas, minha mente congelou. Aliás, minha mente, meu coração, meu corpo… tudo congelou por inteiro. Era gelo ou um silêncio gelado, que simplesmente parou tudo dentro de mim. E de repente, a única coisa de que eu conseguia lembrar era daquele garoto da turma de Zac, assustado por estar frente a frente com Josh.

Quando voltei a mim de novo, já o diretor me respondia a uma questão que eu nem cogitara, mas que apenas saíra imediatamente sob a forma de palavras. “Quem foi?” Só entendi o porquê dessa pergunta quando escutei o “1ºJ” da boca dele – essa é a turma de Zac.

Pouco ou nada escutei do que se seguiu, pois minha mente começou a trabalhar furiosamente, encaixando essa informação com a conversa que presenciei. O que Josh dissera mesmo? “Eu sei o que é ser manipulado por eles”. Na altura, a ideia de que esse “eles” poderíamos ser nós me assustou, por isso afastei-a de imediato. Mas agora eu não precisava de ficar adivinhando mais. Não quando toda a verdade estava ali, à vista desarmada.

Voltei ao mundo consciente de imediato, sentindo inícios de raiva, desilusão e vergonha – muita vergonha – ainda a tempo de escutar o diretor falar na contribuição de duas outras pessoas com quem nós teríamos problemas anteriores: e era exatamente por isso que ele não podia revelar os nomes. Como se precisasse! Mesmo não tendo estado presentes naquele dia, até Hayley e Jeremy saberiam quem eles eram. São sempre os mesmos! Sempre que há problemas com Josh, a causa são eles – desde tempos em que eu nem sequer estava em Franklin! E nós sempre fomos os que ficavam para arrumar a bagunça e ajudar Josh a se reerguer. Foi por isso que levamos tão a peito quando ele decidiu começar a se dar com eles de novo.

E foi por isso que tudo isto aconteceu.

Mas a verdade mais pura é que Jenna e Chad jamais teriam conseguido seja o que for se nós não tivéssemos deixado. E isso é também o que mais magoa.

Com tudo isso em cima de nós, era complicado lembrar sequer de que havia um pedido de desculpas a fazer. Mesmo que o levássemos a cabo, ele valeria de alguma coisa?

Foi a pergunta do diretor se íamos ficar nos lamentar ou se íamos agir que me fez entender que, sim, tínhamos que nos desculpar. Por mais fraco que isso fosse levando em conta tudo o que tínhamos feito… Era a única coisa que podíamos fazer. Era a única coisa que teria qualquer valor.

Tocar Emergency para Josh. Imediatamente.

E, enquanto percebia isso, escutei Jeremy pedindo o auditório para a próxima hora e Hayley justificando com a exata ideia que eu tinha acabado de conceber. Perceber que, pelo menos, tinha os meus amigos do meu lado nesse momento difícil fez-me dar um minúsculo sorriso e reagir às dúvidas do diretor com um renovado ar confiante. O sorriso, esse morreu de vez quando percebi que era exatamente isso o que nãotínhamos feito por Josh, mas essa ideia apenas aumentou minha confiança de que era isso o que iria acontecer.

Nós iríamos nos redimir. Agora.

Suponho que o diretor tenha apanhado essa confiança um pouco de todos nós, pois não colocou muitos mais obstáculos e nos ofereceu até uma justificação de faltas – o que, apesar de nós não estarmos propriamente preocupados com isso no momento, apenas aumentou minha admiração por aquele homem. Será que ele luta assim por todos os alunos daquela escola?

Enquanto isso, vi Jane se levantar, falando que ia chamar Lisa e Zac para virem falar conosco e estarem também presentes. Assentimos, mas logo nos focamos no assunto de novo.

– De que é que vocês precisam? – questionou o diretor, com um bastante sério.

–De instrumentos, né – respondeu Jeremy de imediato, com algo óbvio mas que ainda não tinha passado pela cabeça de ninguém.

– Certo… - falou nosso cúmplice inesperado, mordendo o lábio inferior e olhando os papéis à sua volta, em busca de uma solução. Logo pegou num e começou a rabiscar algo. – Olha, então fazemos assim: você vai até às salas de música e pede ao funcionário que estiver lá o que precisa. Se não der para você carregar sozinho, pede ajuda para ele. Ah! E não se esqueça que já tem um teclado e amplificadores e assim no auditório.

Jeremy se levantou, assentindo e pegando da mão estendida do homem engravatado o papel escrito.

– E o que eu faço com isso? – perguntou meu amigo, confuso com a folhinha que agora segurava.

– Isso é para você entregar ao funcionário, para ele saber que eu te mandei.

Jeremy assentiu de novo e saiu porta fora.

– Pronto. E o que mais vocês precisam?

Eu e as duas meninas que restavam suspiramos, cada um imerso na sua concepção de como seria o momento e do que mais necessitaríamos para torná-lo realidade. Alguns minutos se passaram até Sarah nos olhar e encolher os ombros, falando:

– De Josh – nos entreolhamos, suspirando pesadamente e tentando descobrir como raios íamos conseguir levar Josh, na hora da aula, até ao auditório.

– Ok… mas… - o diretor nos olhou, confuso, tentando entender o que isso significava. Hayley deu um pequeno sorriso.

– É que, com tudo isso, duvido que Josh esteja disposto a perder sua aula por causa de… bem, de nós – o tom dela foi diminuindo, até morrer juntamente com a frase. Essa era a questão: porque haveria Josh de perder tempo com alguém que não acreditou nele?

– Bem… Só se ele não fizer ideia do que irá acontecer. Vou chamar a Dona Elizabeth para ir convocá-lo à sala. Depois, ela o leva até lá e vocês atuam.

– Mas tenho um pressentimento que basta ele nos ver para dar meia volta e sair porta fora… - Sarah ressaltou. Na verdade, ‘pressentimento’ não era a palavra certa. ‘Certeza’, isso sim, seria mais correto.

– Nós deixamos as luzes desligadas. Aí a Dona Elizabeth abre a porta, fala para ele se sentar, e quando já estiver tudo pronto, ligamos a do palco – elas concordaram com a minha ideia e logo já tínhamos os três descarrilado para nossos próprios pensamentos, enquanto o diretor pegava no auscultador do telefone e discava um número qualquer.

– Sim, Dona Elizabeth? Arranje outra pessoa para ficar nesse corredor, preciso da sua ajuda, querida. Vá convocar o aluno Joshua Farro à sala do 3ºF, mal dê o toque de entrada. Aham. Mas não o traga para aqui, leve-o para o auditório. Sim, sim. As luzes estarão todas apagadas, mas não se preocupe. Diga para ele se sentar e, quando ele obedecer, pode ir embora. Tudo certo? Hmm… Não sei, deixe-me perguntar. Meninos, é para ela trancar a porta quando sair?

– Isso é demais, não? – comentou Sarah.

– Sim, se ele quiser ir embora no meio, pode ir – concluiu Hayley. O diretor assentiu e comunicou o restante a Dona Elizabeth.

– Pronto, meus garotos. Está tudo tratado.

– Obrigada, Sr Diretor, sério. O senhor não imagina o que—

– Hayley, por favor. Já tive a sua idade, ok? Pode ter sido há muitos, muitosmuitos anos – sua expressão nos fez rir – mas eu tive. E sei o que é perder um amigo por… bobagem. Então façam o que podem enquanto ainda podem, ok?

Fixando aqueles olhos que pareciam contar uma história triste, nós assentimos. Faríamos sim tudo o que pudéssemos – mas não pelo diretor. Não enquanto devêssemos tanto ao próprio Josh.

Despedimo-nos e saímos do gabinete. A diferença da postura com que entramos e daquela com que agora saíamos era chocante: tínhamos chegado ali com medo, um pouco curiosos, mas no geral, animados; agora, enfrentávamos o que viria de cabeça erguida, mas embaraçada, e a animação parecia ter-se evaporado de vez. Mesmo assim, isso não impedia que a pouca adrenalina que me permitia sentir corresse livremente pelas minhas veias. Não que adiantasse de muito. A desilusão era mais que suficiente para contrapor o efeito da adrenalina e me fazer engolir vários nós na garganta. Mas para quê chorar agora? O errado estava feito e havia ainda uma possibilidade de corrigi-lo. Agarrei-me a essa esperança com quanta força tinha.

Senti a mão de Sarah apertar a minha a escassos metros daquele gabinete. Apertei de volta, sem precisar de sequer a olhar para saber como ela se sentia. Oras, eu estava igual. A culpa apertava-me a garganta e vê-la espelhada nos olhos dela era algo de que eu não necessitava no momento. Por isso, apenas apertei sua mão e acariciei-a com o polegar. Isso bastava para ambos.

Pela visão periférica, vi o braço de Hayley subir até sua cara e descer rapidamente, então fiz questão de pegar sua mão também. Se para Sarah eu não precisava de olhar, pois sabia que ela se sentia exatamente como eu, também não precisava fitar a cara da ruiva para saber que ela estava pior que qualquer um de nós. Se nada disso tivesse acontecido, talvez a essa altura eles estivessem namorando. A mesma ideia pareceu passar por Hayley, que soltou um pesado suspiro e contraiu sua mão na minha. Apertei-a e acariciei também a mão dela com o polegar, como que dizendo “calma, vamos fazer o que podemos”. Era um consolo, esse pedido de desculpas. E foi me consolando com ele que entrei no auditório.

Jeremy, Jane, Zac e Lisa arrumavam o pequeno palco, distribuindo bancos por ele. Notei que nenhum dos amplificadores estava ligado e logo meu olhar se prendeu nos dois violões.

– Emergency acústico? – minha voz se elevou, fazendo os quatro notarem as novas presenças no cômodo. Jeremy sorriu.

– É. Não havia guitarras na sala de música, vai entender – ele falou como se a escola fosse obrigada a isso, revirando os olhos e arrancando uma pequena risada de todos ali. Só Jeremy, pensei. Só Jeremy.

– Bom, Sarah – me virei para ela, esfregando as mãos –, é nossa chance de brilhar.

Ela riu um pouco e revirou os olhos. “Como se não tivesse tocado isso para um profissional ainda ontem”, quase a escutei pensar. Ela se encaminhou para um dos bancos junto dos violões, enquanto os outros quatro terminavam suas tarefas e se sentavam também. Coloquei a mão no ombro de Hayley e a olhei. Ela retribuiu o olhar, suspirando, mas assentindo, como se me dissesse “estou pronta, vamos”. Sorri de lado e a empurrei ligeiramente na direção do palco, seguindo atrás.

Ela ocupou o lugar central, onde fechou os olhos e começou a aquecer um pouco a voz. Eu me sentei do lado de Sarah, pegando o violão que restava e deslizando os dedos pelas cordas, como ela já fazia. Zac, do meu outro lado, segurava uma espécie de caixa preta cheia de botões.

– Adeus, boa gente – ele falou, enquanto apertava um dos botões. O lugar ficou às escuras subitamente, mas nenhum de nós se pareceu incomodar muito com isso.

Aos poucos, fomos parando nossos respectivos aquecimentos, não querendo que o barulho nos denunciasse. No escuro e silêncio quase totais, escutamos o segundo toque soar fora das portas do auditório, o que serviu apenas para aumentar meu batimento cardíaco e fazer com que minhas palmas suassem frio.

O momento estava cada vez mais próximo.

A porta se abriu sem aviso prévio, deixando entrar um feixe de luz que, felizmente, incidia na direção contrária à do palco.

– Isso é tudo um pouco estranho, Dona Elizabeth...

A mulher riu gentilmente do comentário do aluno.

– É sim, mas são ordens do Sr Diretor. E tudo bem que ele é um pouco estranho também, mas é um bom homem. Vai ver que vai ser algo bom, ok?

Um suspiro ecoou pelo lugar.

– E o que eu faço agora?

– Sente-se, vamos.

Agora era o som de passos que ecoava, juntamente com um ranger da porta, enquanto Dona Elizabeth a fechava. Pudemos escutar ainda um corpo se afundando numa das cadeiras, libertando um novo suspiro.

– 1, 2… 1,2,3, 4 – dei a entrada para mim e Sarah. Logo nossos violões soavam em uníssono, enchendo o silêncio daquela sala.

– Mas que…? – pudemos ainda escutar Josh, antes de Zac acender apenas a luz do palco e a voz de Hayley formar as palavras que tanto lhe queríamos dirigir.

I think we have an emergency,
I think we have an emergency.
If you thought I’d bleed, then you were wrong,
‘cause I won’t stop holding on.
(Acho que temos uma emergência,
acho que temos uma emergência.
Se pensou que eu sangraria, então estava errado,
porque eu não pararei de me agarrar)

E não era realmente uma emergência? Não foi por isso que corremos para conseguir pôr tudo pronto mal soubemos da verdade? Não era por isso que estávamos ali agora? Nossa amizade era uma emergência. E mesmo que Josh pensasse que nós íamos apenas ficar nos lamentando pelos erros que cometemos, ali estávamos nós. Tocando, pedindo perdão, agarrando-nos à única esperança que tínhamos.

So are you listening?
So are you watching me?
If you thought I’d bleed, then you were wrong,
‘cause I won’t stop holding on
(Então você está escutando?
Então você está me observando?
Se pensou que eu sangraria, então estava errado
porque eu não pararei de me agarrar)

We have an emergency.
So are you listening?
‘Cause I can’t pretend
that I don’t see this.
(Temos uma emergência.
Por isso está escutando?
Porque eu não consigo fingir
que não vejo isso)

Não podíamos mais ignorar. Tinha chegado a hora de resolver as coisas e era bom que Josh nos escutasse. Que ele nos desse uma chance. Que fizesse por nós o que nós não tínhamos feito por ele.

It’s really not your fault.
No one cares to talk about it.
Can we talk about it?
(Realmente não é culpa sua.
Ninguém quer falar disso.
Podemos falar disso?)

Não tinha sido culpa dele. Se foi de alguém, foi nossa. Não quisemos conversar e olha onde chegamos por isso… Mas agora estávamos lutando por alterar as coisas. “Podemos falar?”

I’ve seen love die,
way too many times,
when it deserved to be alive.
I’ve seen you cry,
way too many times,
when you deserved to be alive.
Alive...
(Eu vi o amor morrer,
tantas e tantas vezes,
quando ele merecia estar vivo.
Eu vi você chorar,
tantas e tantas vezes,
quando você merecia estar vivo.
Vivo…)

So you give up every chance you get,
just to feel new again.
I think we have an emergency.
I think we have an emergency.
(Por isso você desiste sempre que consegue,
apenas para se sentir novo outra vez.
Acho que temos uma emergência.
Acho que temos uma emergência.)

E não era verdade? Ele tinha desistido de nós para se dar com Jenna e Chad apenas mais uma vez. Será que eles o faziam sentir-se outra pessoa? Como novo?

And you do your best to show me love,
but you don’t know what love is.
We have an emergency.
So are you listening?
(E você dá o seu melhor para me mostrar amor,
mas você não sabe o que o amor é.
Nós temos uma emergência.
Por isso está escutando?)

‘Cause I can’t pretend
that I don’t see this.
It’s really not your fault.
No one cares to talk about it.
Can we talk about it?
I’ve seen love die,
way too many times,
when it deserved to be alive.
I’ve seen you cry,
way too many times,
when you deserved to be alive.
Alive…

These scars,
they will not fade away.
(Estas cicatrizes,
elas não irão desaparecer)

Não, as cicatrizes não iriam a lado nenhum por algum tempo. Nós tínhamos consciência disso. Mesmo que Josh nos perdoasse, mesmo que decidíssemos ultrapassar tudo… Isso não era o fim. Seria preciso trabalho e esforço. Tínhamos que reconstruir nossa confiança uns nos outros. Mas por mais difícil que isso fosse, era uma emergência.

No one cares to talk about it.
Can we talk about it?
I’ve seen love die,
way too many times,
when it deserved to be alive.
I’ve seen you cry,
way too many times,
when you deserved to be alive.
Alive...

Assim que Hayley cantou essa última palavra e eu e Sarah demos os acordes finais, levantei a cabeça para fitar Josh. Ele praticamente não se mexeu desde o início da música e agora, quanto mais o observava, mais me convencia de que ele estava congelado no lugar.

Os segundos iam passando e, quando me dei conta, já tínhamos ficado um longo minuto apenas nos observando.

– Podemos falar disso?

As palavras de Hayley funcionaram como magia. Josh levou as mãos ao rosto automaticamente e logo se levantou, começando a passear.

– Finalmente descobriram que eu estava dizendo a verdade, foi?

O ressentimento e a agressividade na voz dele fez que nós nos retraíssemos.

– Há cerca de meia hora atrás, sim – Hayley continuou. – Mas já estávamos planejando tocar Emergency para você há mais tempo.

Josh parou para encará-la.

– Por quê?

– A semana passada, quando você falou com Tyler na frente deles, Taylor entendeu que, mesmo que tivesse sido você, a culpa não era só sua. Ele disse que nós, como amigos, te devíamos uma conversa. E um pedido de desculpas. Bem… aqui estão ambos.

Josh deu uma risada sem humor.

– E porque eu quereria qualquer um agora? Quando eu precisei, eles não estavam lá, não é? TUDO O QUE VOCÊS FIZERAM FOI VIRAR-ME AS COSTAS! Meus pais me proibiram detocar na banda, mas vocês me proibiram de estar na banda. Para isso não têm um pedido de desculpas?

– Nós só tentamos não falar tanto na banda porque pensávamos que te íamos magoar! – Hayley explodiu de volta, se levantando. – Foi pensando em você! E se isso te incomodou tanto, porque não falou conosco? Porque teve que guardar para si a mágoa e arranjar a companhia de pessoas que você sabia como eram?!

– AH! Então a culpa é minha por achar que Jenna e Chad tinham mudado? A culpa é minha por ter dado uma segunda chance a pessoas que já chamei de amigos?!

– O que a gente está dizendo é que a culpa é de todos, Josh – interveio Jeremy, desviando a atenção de Hayley, que agora chorava. – Por isso é que estamos aqui. A culpa também é nossa, por isso… pedimos o seu perdão.

– O meu perdão?! – Josh perguntou, atônito, logo fazendo soar outra risada sem humor. – Como eu vejo, é o seguinte: quem não precisou da minha amizade e confiança, também não precisa agora do meu perdão.

Ele praticamente cuspiu essas últimas palavras e, com isso, deu costas e saiu, batendo com a porta.

E ali ficamos nós. Apenas digerindo o fato de que nossa última esperança tinha acabado de estourar nas nossas mãos.

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