Capítulo 36


For you, I will wait 


Terça-feira, 6 de Abril
Sarah

Por quê?! Por que existem pessoas tão completamente e orgulhosamente idiotas?!

Estava tudo correndo mais ou menos bem – e isso quer dizer alguma coisa vindo de alguém que perdeu uma das pessoas mais importantes na sua vida faz poucos dias. Quer dizer muita coisa.

Mas não, não é assim que a vida, ou o destino, ou Deus, ou o que for quer que as coisas sejam. Não. Além de ter de lidar com essa dor asfixiante a toda a hora e tentar me concentrar em algo além de uma intensa vontade de chorar, eu tenho de lidar com isso. Tenho de lidar com aquela p— desgraçada da Mariah. Tenho que lidar com a sua idiotice agravada por causa da sua atraçãozinha pelo Taylor.

Tenho que lidar com essa idiota vindo contra mim propositalmente no corredor e lançando um “olhe por onde anda” de seguida, como se a culpa fosse minha de ela ser uma vadia e ela não tivesse maior prazer do que começar uma discussão comigo, ali mesmo. E quando eu não respondi – a muito e muito custo, acredite –, essa linda vadia arrumou outra desculpa para causar confusão. Chamou-me gótica e satânica e sei lá mais que outras merdas, provavelmente porque estou vestida de preto, como fazia antes. Mas dessa vez não é exatamente por opção. Como se ela ligasse; como se algum dos idiotas que se juntou logo em volta ligasse. Pro inferno, todos eles!

Taylor chegou logo em seguida, sendo extremamente Taylor-esco e se metendo no meio de tudo, o que só me fez pior. Não sei por que, mas me irritou muito que ele se intrometesse ali, justo, perfeito, um verdadeiro príncipe montado num cavalo branco, salvando aqui a pobrezinha, quando nada, nada daquilo estaria acontecendo se ele apenas tivesse já mostrado àquela vadia que não vai rolar nada entre eles!

Mas, claro, isso é apenas o que eu quero que aconteça. Quem sou eu no meio de toda essa história? Apenas a pobre coitada que fica alimentando esperanças enquanto o garoto que é super simpático para ela não se declara. Esqueça ele dizer à vadia que nada vai rolar entre eles; eu já ficaria contente se ele me disse isso a mim. Tudo é melhor que andar aqui iludida como uma verdadeira idiota.

E… merda.

Estou ouvindo passos.


Taylor

O quê?! Alguém me explica o que raios se passou hoje?! O que eu fiz de errado?!


Ok, Taylor, você se lembra da dica da psicóloga. Você sabe o que tem a fazer. Vamos tentar rever o que se passou e tirar sentido de tudo isso. Respire, entretanto. É. Boa dica.

Então… tudo estava bem – quer dizer, não exatamente bem, lembremo-nos que o funeral do Sr. Bayley foi apenas há três dias. Mesmo assim, Sarah já voltou à escola ontem, decidida a ter algo com que se ocupar e, quem sabe, conseguir retomar alguma espécie de normalidade o mais depressa possível.

E, na verdade, isso estava até dando certo, pelo que ela me disse e pelo que eu observei. Sério. Ela estava bem mais animada do que me pareceu durante as poucas horas que passei na casa dela no domingo, prestando atenção legítima às conversas à volta dela, tendo interesse nos outros e no que tem acontecido com eles… Até mesmo o apetite dela aumentou.

Assim, ninguém me pode culpar por ter pensado, enquanto caminhávamos mais uma vez em direção à escola, que hoje seria um dia ainda melhor. Depois de um fim-de-semana tão sombrio, bem que era merecido. Até o sol brilhava mais intensamente, dissipando o frio habitual da manhã e deixando no ar um leve cheiro a primavera. O que poderia correr mal?

Mas é, eu estava errado. Na verdade, eu tinha passado as duas últimas manhãs preocupado em não deixar Sarah sozinha pelos corredores da escola. Não é que eu achasse que havia algum perigo nisso, mas meu instinto protetor me impelia a acompanhá-la sempre que pudesse – mais que não fosse, para que ela não tivesse que enfrentar momentos mais difíceis num lugar tão público. Aliás, o restante grupo tentava,  na maior parte das vezes, fazer o mesmo.

Porém, nesse segundo intervalo de hoje, as coisas foram um pouco diferentes: Lisa e Zac tinham voltado ao seu estado anterior de desaparecimentos súbitos, de modo que ninguém sabia do seu paradeiro; Hayley e Jeremy estavam retidos na aula de Matemática, cuja professora tinha decidido começar o trimestre em grande, com um relatório na segunda semana de aulas; Jane tinha sido chamada à parte por um garoto da nossa turma que supostamente estava começando a aprender a tocar bateria, sob o pretexto de dar algumas dicas para ele – mesmo que o olhar excessivamente animado dele quando Jane acedeu ao pedido me fizesse achar que ele nunca tinha sequer se aproximado de uma bateria antes. Enfim, se havia garota que saberia lidar com admiradores não-tão-secretos, essa seria Jane.

De modo que eu e Sarah ficamos sozinhos – o que eu não teria achado mal de todo, se não tivesse passado a última aula com uma necessidade absurda de ir ao banheiro.

- Tay, eu fico bem, ok? Vá.

- Mas, Sar—

- Mas nada, olha só para você! – ela apontou para minhas pernas unidas com uma força desnecessária. – Eu preciso ir ao armário de qualquer jeito e não vai dar tempo se você me arrastar para a porta do banheiro dos meninos.

Suspirei.

- Você tem certeza?

- Taylor. Vá ao banheiro. Agora.

- Ok – eu falei depressa, deixei um beijo na sua testa e logo me afastei na direção oposta, caminhando tão depressa para o banheiro masculino quanto me era permitido.

Eu não sei por que estava tão contrariado em abandoná-la, mas a verdade é que eu continuei com meu passo apressado enquanto me dirigia agora para o armário de Sarah, mesmo que não houvesse nada que assim o exigisse. Me sentia um pouco idiota em tratá-la como uma criança que não pode ficar sozinha por mais que alguns minutos, mas essa não era minha intenção de todo. A questão é que um pressentimento cada vez mais forte começava a surgir e eu sabia que eu só iria me sentir melhor quando ela estivesse outra vez do meu lado e eu a pudesse proteger. Claro que eu não estava dando grande importância a esse pressentimento – isso até dobrar a esquina para o corredor onde ficam os armários e ver um enorme aglomerado de pessoas.

A confusão era notória, e ninguém que estivesse do lado de fora do círculo mal-feito conseguia entender muito bem o que se estava passando no seu interior. Mesmo que perguntasse, o burburinho fazia com que fosse impossível escutar corretamente, o que tinha gerado uma grande distorção nos acontecimentos. Uma coisa, porém, não tinha sido distorcida – e ela era o nome Mariah Toulouse. Decidi numa fração de segundo que aquilo era demasiada coincidência e, antes que pudesse tomar consciência do que estava fazendo, já estava furando a pequena multidão em direção ao centro, um sentimento agoniante apertando a boca do meu estômago.

Porém, esse sentimento desapareceu assim que cheguei onde queria. O que eu sentia já não era receio, não. Era raiva. Muita,muita raiva. Isto porque,  no âmago de toda aquela comoção estava, como eu previra, Mariah Toulouse atormentando, como eu previra também, Sarah. Minha Sarah.

- O que está acontecendo aqui? – atravessei com passadas largas o curto espaço vazio que as pessoas haviam deixado entre as duas e o início do aglomerado, fazendo o meu melhor por tentar controlar a fúria que borbulhava cada vez mais agitadamente.

- Ela chocou contra mim, falando coisas terríveis – oh, tão terríveis! Olha só, ainda estou tremendo… - Mariah falava sem parar – especialmente agora que eu entrara em cena – enquanto Sarah apenas observava tudo com olhos esgazeados, muda, petrificada. Sem reação alguma. O que, claro, apenas alimentava os comentários jocosos em volta, provocando risadas cruéis de pessoas sem consciência. Idiotas. Filhos da—

- Juro, Tay, eu me sinto ameaçada. Ela pode ser o que ela quiser, eu nunca disse nada contra satânicos ou góticos, não? Mas me ameaçar?!

Olhei para Sarah, meu raciocínio toldado por todo o barulho em volta e me impedindo de decidir rapidamente a melhor solução. Seu olhar se dirigiu ao meu, focando algo pela primeira vez desde que eu chegara. Pude ver, depois de todo o choque, a consciência retornar a ela como se de um interruptor se tratasse. Foi numa questão de poucos segundos que ela me olhou, voltou a si, seus olhos marejaram, e ela nos voltou as costas, correndo através da pequena multidão, que abria caminho para ela ao mesmo tempo que ainda ria divertidamente ou murmurava com pena.

Mariah ainda discursava dramaticamente sobre como Sarah a tinha provocado, o que eu sabia ser pura mentira.

- Ah, e eu sei porque ela me ameaçou! É porque eu sou religiosa! Se eu não fosse tão religiosa assim, ela—

- Tão religiosa que nem apareceu no funeral do avô dela? – Mariah se calou pela primeira vez, seus olhos se alargando por ver como seu pequeno teatro estava pegando fogo. – Sarah não é gótica nem satânica; ela está de luto. Quer saber, Mariah? Vai à merda.

Virei as costas sem querer saber da confusão que deixava para trás. Minha mente se focava numa coisa, e numa coisa apenas: achar Sarah. Essa era a prioridade agora. Assim, enquanto corria na direção que a vira percorrer pouco tempo antes, tentava descobrir em que lugar ela se teria refugiado. Porém, a resposta não tardou a surgir. Sim, era isso mesmo! Era impossível ela estar em qualquer outro lugar num momento como esse.

Foi por isso que, chegando aos limites do edifício da escola, saí para o exterior, correndo ainda decididamente em direção à mancha verde onde eu sabia se esconder um banco há muito abandonado. À medida que zizagueava pelo caminho aberto na vegetação, o som de movimentos, suspiros e uma clara respiração humana me confirmaram que estava no lugar certo. Saí detrás da última árvore, sabendo que entraria no campo de visão dela, assim como ela no meu.

- Sarah – ela guardava qualquer coisa na mochila.

- Agora não, Taylor.

- Sarah – insisti –, há muita gente idiota nesse mundo e Mariah é apenas mais uma delas, assim como todos os outros. Você não se pode deixar afetar por isso; não pode ficar assim.

Quando terminei, ela já se levantara e colocara a mochila ao ombro, somente então dirigindo seu olhar para mim: um olhar ainda choroso, magoado, furioso e, agora, indignado.

- Me diz então como devo ficar! – sua voz forçada a sair bem mais alto que o anterior sussurro quebrou, soando rouca.

- Você é melhor do que isto, do que tudo isto – tentei falar calmamente, procurando fazer com que ela se sentisse confortada. O tiro saiu pela culatra: sua risada fria e debochada me indicou imediatamente que ela apenas entendeu que eu estava sendo condescendente.

- Para você é fácil, não é? Você sempre é melhor do que tudo. Sempre faz tudo certo, sempre é bom para todo o mundo. Toda mundo gosta de você! Você não sabe o que isto é!

Ela estava em pé a poucos metros de mim e não se havia aproximado um centímetro sequer, porém, me senti como se minha cara acabasse de ser esbofeteada a suas mãos. O quê?! Ela sabia que não era assim, ela sabia por que eu tentava sempre ver para além das emoções imediatas, ela sabia que era exatamente porque já tinha passado por tudo aquilo que eu agia como agia! Ela sabia que…

Não, me apercebi subitamente. Não, ela não sabia. Eu nunca lhe contei.

Suspirei.

- Derrotado, não é? – ela inquiriu, depois de outro pequeno resfôlego sarcástico, num tom frio que intensificou a sensação de estar sendo agredido. – Bem me pareceu. É que você nem percebe, não? – a intriga ultrapassou a mágoa e a olhei de sobrancelhas franzidas. – Do que faz com as pessoas. Você sabe por que aquela “idiota” se veio meter comigo? Ela está interessada em você. Mas você é muito perfeito para ver que uma garota tem uma paixonite por você.

Eu me sentia tão petrificado como se acabasse de levar um choque – aliás, petrificado demais para prever o que ela diria a seguir, com um tom bem mais baixo e desanimado.

- Ela até poderia ter uma enormíssima paixão, que você continuaria sem notar.

E com isso, ela me voltou as costas pela segunda vez hoje, me deixando preso ao chão por muito tempo. O que ela queria dizer com aquilo? Que Mariah gosta de mim e eu não o vejo? Isso é mentira: eu sei que Mariah tem uma paixonite por mim, sobretudo desde que a tentei ajudar no trimestre passado (o que resultou apenas até ao pai dela arrumar um emprego ainda melhor e ela voltar à companhia do seu grupo de meninas perfeitas), mas sei também que não é nada mais que interesse em mais alguma popularidade – já que a Paramore está ganhando cada vez mais impacto – e, talvez, alguma atração e gratidão. Apenas. Nada a ver com essa última “enormíssima paixão” de que ela falara… Se bem que o tom dela mudara bastante para isso ainda dizer respeito a Mariah. Algo aí não fazia sentido…

E foi então que entendi. Sarah estava dizendo que gosta de mim.

Simples assim.

Ok.

Eu supostamente já sabia disso, mas nunca Sarah dissera nada que parecesse confirmá-lo. Até agora, isto é.

Eu deveria ficar feliz com isso? Por um lado, sim, a animação começava a borbulhar dentro de mim; por outro, ela estava magoada comigo. Muito, muito magoada. E eu não estava entendendo o porquê. Quer dizer, eu tinha me intrometido naquela discussão com o intuito de a proteger e ela me atirara à cara que eu me achava perfeito e queria que ela fosse igual? Que estava sendo condescendente? Que jamais entenderia aquilo por que ela passava? Ela estava errada em todos os pontos, e eu não tenho qualquer dúvida quanto a isso. Porém, eu vejo também que o erro foi meu: havia uma coisa muito importante e pessoal que eu nunca partilhei com ela apenas porque o momento nunca surgiu. Mas eu irei fazê-lo assim que tiver oportunidade – oh, se vou! Seja preciso o que for para fazê-la escutar.

E quanto a essa questão de eu não ver o que ela sente… Ela está dolorida. Só pode. Eu sei que eu nunca me declarei verdadeiramente a ela, mas vamos ser sinceros, eu já dei a entender o que sinto muitas e muitas vezes, de muitas e muitas formas. Se alguma coisa, ela é que não está vendo o que eu sinto por ela. E eu não lhe atirei isso à cara com uma voz fria e magoada, não? Também não me acho nesse direito, porque, se eu não achasse que ia estragar tudo, eu já teria falado com ela e dito o que sentia, pedindo que ela tomasse uma decisão também.

MAS É EXATAMENTE ESSE O PROBLEMA! E essa é a parte que ninguém entende! Me explique como eu – especialmente agora – vou chegar perto dela e dizer “Hey, eu te amo, agora decide se quer namorar comigo ou não logo, porque eu vou te beijar e seria legal se você retribuísse e não me afastasse a soco”. Quem no seu juízo perfeito faria uma coisa dessas?!

Ah, certo… todo adolescente vulgar.

A questão é que… eu não sou vulgar. Sarah não é vulgar. E eu não quero um namoro vulgar com ela. Não quero forçá-la a tomar uma decisão de que se vai arrepender. E não quero, muito menos, estragar tudo antes desse tudo sequer começar.

Não espero que você entenda. Não sei se eu mesmo entendo… Mas eu sei que Sarah entende. Eu sei que ela entenderá assim que meter na cabeça que não há garota nesse mundo com quem eu mais gostaria de estar do que com ela.

O que eu espero que seja logo, porque tê-la chateada comigo – ainda por cima quando está mal – faz-me sentir pior do que ver um milhão de Mariahs acabando por não seguir o meu conselho.


Sarah

Oh. Meu. Deus.

O que é que eu fui fazer?!

Só agora é que a adrenalina, a dor, a confusão estão começando a levantar, devolvendo-me ao pensamento racional – e eu quase desejo que não  o tivessem feito.

Eu. Sou. Uma. Perfeita. Idiota.

Como?! Como é que eu tive coragem de falar assim com Taylor?! Taylor! O garoto tem feito tudo por mim, e eu trato-o assim!

AAAAAAARRRRRRRRRRGGGGGHHHHHHHH!

Isto é pior do que da outra vez. Bem pior.

Eu mereço umas bofetadas. Ou uns miminhos. Com uma cadeira. Na cara.

Não, é que você não está entendendo a dimensão disso, diário. NÃO ESTÁ!

EU DISSE QUE ELE SE ACHAVA PERFEITO. E POPULAR. E TUDO DE BOM. Eu nem sei de onde saiu isso. AAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHH.

Mas a melhor parte não foi essa, não. A melhor parte foi quando eu lhe disse que ele se achava tão perfeito que nem via que Mariah só atingira seu pico de vadia porque queria chamar a atenção dele. Porque gosta dele. E ele não notava. E DEPOIS EU DISSE QUE UMA GAROTA PODIA ATÉ TER UMA ENORMÍSSIMA PAIXÃO POR ELE QUE ELE NÃO NOTARIA.

SIM.

EU DISSE ISSO.

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!

Eu preciso pedir desculpas logo. Tipo, agora. O problema é que são onze da noite. Péssima ideia ir lá agora.

Celular. Sim, celular. Boa ideia.


Ok, a conversa até correu bem. Então, eu peguei o celular e disquei o número dele. Aí comecei a tremer enquanto me decidia a carregar na tecla para iniciar a ligação. Por fim carreguei, mas desliguei assim que ouvi o “bip” que indica que está chamando. Entrei em pânico. Normal isso, né? Espero que sim. Mas depois eu respirei fundo e lá consegui aguentar os “bips” de espera sem desligar. Porém, não sem tremer.

- Sim? Sarah? – a voz dele era cautelosa, como se não tivesse certeza de que era eu.

- Taylor?

- Sarah! Oi. Boa noite – fiquei chocada com a quantidade de animação presente no seu tom. Ele estava feliz por eu estar ligando? Ele não deveria estar possesso de raiva?

- COMO ASSIM, “BOA NOITE”, SEU DOIDO?! Você não se lembra de nada do que aconteceu essa tarde?!

- Espera… Você ainda está chateada comigo? – o tom cauteloso fez uma nova aparição momentânea, enquanto ele provavelmente se perguntava se eu não estava mostrando sinais de bipolaridade.

- Não, eu liguei para pedir desculpas.

- Ah. Ótima maneira de começar, então – olá de novo, tom animado. Eu acho que estamos os dois ficando doidos.

Suspirei.

- Desculpa! E… desculpa.

Tudo bem – eu escutei o sorriso na voz dele, porém isso não me convenceu.

- Não, sério, Tay, desculpa! Eu não sei como você está sequer falando comigo, eu sou uma idiota imensurável, eu não sei como fui capaz de dizer aquilo, AI, DEUS! Que vergonha!

- Sarah—

- Eu merecia ser atirada ao mar, sério, de tão imprestável que sou para a sociedade. Se isso é forma de tratar alguém, poxa, muito menos você!

- Sarah—

- Sou uma ingrata, uma triste, uma péssima amiga, uma idiota sem nada dentro da cabeça – sem nada no lugar do coração também! AFFFFFF, nojo de mim mesma, AAAHHH—

- Sarah! – ele quase gritou, prendendo finalmente a minha atenção.

- Hmm – eu queria ter dito um pouco mais do que isso, mas o nó na minha garganta se fez de súbito.

- Você não é nada dessas coisas, ok? Você tem passado por muito e o que aconteceu hoje… Foi terrível. Você não merece aquilo.

Eu não falei nada, porque as lembranças do que tinha acontecido naquele corredor essa tarde só pioraram minha vontade de chorar. Se eu falasse, seria o fim.

- Entende? E, sei lá… Você pode ter suas razões para me ter dito aquelas coisas. Há algo que eu já te deveria ter dito e ainda não o fiz… - ele suspirou. – Você merece mais.

Meu coração deu um baque pensando no que esse “algo” poderia ser e, por momentos, eu não soube se estava feliz, triste, ouextremamente nervosa. As lágrimas começaram a cair.

- Ei, você está chorando?! – eu tentei responder, mas não saía mais nada do que ruídos abafados – AAAHHH, pro diabo com essas tecnologias! Sarah, Sarah, não chore. Está tudo bem, ok? Se eu estivesse aí, eu estaria te abraçando. Sinta isso.

Eu respirei fundo, perguntando-me como ele ainda conseguia ser tão incrível comigo quando eu fui uma perfeita idiota com ele.

- Eu não te mereço, Tay – falei finalmente, minha voz ainda baça.

Pude escutar o sorriso se formar do outro lado da linha.

- Eu é que não te mereço, my girl.

Sorri também, uma ou outra lágrima caindo ainda de vez em quando.

- Eu deveria tentar dormir agora, não é?

Ele riu. Minha nuca se arrepiou.

- É. Amanhã a gente conversa direitinho, ok?

- Ok. Até amanhã, Tay.

- Até amanhã.

Desliguei a ligação, sentindo-me infinitamente melhor e, ao mesmo tempo, sentindo o nervosismo começar a surgir aos poucos. O que ele irá querer me dizer amanhã? Eu não sei se essa agonia na boca do estômago é normal.

Aaahh, vou ter que me preocupar com isso amanhã. Muitas emoções para um só dia, estou a ponto de cair para o lado.

Boa noite.


Quarta-feira, 7 de abril
Taylor

Estou feliz. Estou muito, muito feliz.

As coisas estão resolvidas – pelo menos, por agora. A Sarah ligou-me ontem à noite, a verdadeira imagem do remorso. Ela não precisava ter ficado assim, eu nunca fiquei realmente chateado com ela. Fiquei magoado, isso sim, mas vamos só tentar contar as coisas pelas quais ela tem passado essa última semana: teve o Sr. Bayley, claro, isso foi de longe o pior, sem tirar a vinda súbita do pai dela, agora isso com Mariah… É muita coisa para uma pessoa só lidar em tão pouco tempo! Eu é que mereceria sofrer todos os castigos que ela propôs para si mesma se ficasse ressentido com ela.

Enfim. A ligação terminou comigo garantindo que hoje falaríamos direito – e bem, podemos dizer que foi isso que aconteceu. Porém, só tivemos oportunidade para ela à hora do almoço, visto que jamais daria tempo em qualquer outra hora. Isso, e o lugar. A sala de aula não era, de longe nem de perto, o melhor local.

Então aguentamos a manhã o melhor que pudemos, Sarah ainda arrependida, ambos nervosos. Não conseguíamos parar de olhar um para o outro. Deu para ver que todos notaram, mas, graças a Deus, livraram-se de fazer piadinhas sobre isso. Vá lá, meus amigos ainda devem possuir uma réstia de respeito.
Foi ainda a dar graças por essa recém-adquirida sensibilidade por parte do resto do grupo que eu e Sarah nos encaminhamos silenciosamente para o mesmo lugar de ontem, como que num acordo mudo. Nossas mãos se entrelaçaram no entretanto, sei que nenhum de nós soubesse quem tinha tomado o primeiro passo. As coisas iam bem, para já.

- Então… - comecei, assim que tanto eu como ela estávamos confortavelmente instalados no banco abandonado. – Acho que é hora de sermos completamente sinceros um com o outro.

Ela me olhava fixamente, parecendo um pouco… receosa? Tudo apontava que sim.

- Sobre o quê, exatamente?

- Sobre tudo, eu acho. Eu sei que o que aconteceu ontem foi o resultado de muita coisa junta, mas, Sarah – ela levantou de novo o olhar para mim, que antes se desviara para o chão por entre um suspiro –, aquilo não surgiu do nada. Você realmente sente que eu me acho perfeito?

- Não! Eu sinto que… você sabe coisas que nenhum outro adolescente descobriu ainda. E eu não entendo como.

Sorri. Era aí mesmo que eu queria chegar.

- Já alguma vez escutou o Zac me zoar falando de uma psicóloga?

- Algumas vezes…

- Certo. Isso é porque eu andava numa psicóloga, até há pouquíssimos meses atrás.

Ela me observou de testa franzida.

- Por quê?

- Por que… eu sofria de bullying. Foi por isso que eu perdi um ano, quando me mudei para Franklin. Eu já não aguentava mais tudo aquilo, então quando meus pais viram a oportunidade de me tirar de lá, eles agarraram-na. Mudamo-nos para cá e eles colocaram-me na psicóloga na nova escola. Também foi então que conheci Hayley, Josh, Jeremy e Zac – o que, sinceramente, me ajudou tanto quanto a psicóloga. Hayley, por exemplo, passou pelo mesmo.

Sarah estava de queixo caído. Sorri de canto, meio nervoso com todas essas revelações, mas feliz por elas estarem finalmente sendo desvendadas.

- O qu—Co—Qu—Porque você não me contou?!

Dei de ombros. Essa era uma questão que nem eu sabia responder.

- Falta de oportunidade? Já faz algum tempo. Eu não costumo pensar muito nisso hoje em dia.

Ela assentiu lentamente, parecendo processar a informação.

- Então eu estava errada. Quando disse aquilo. Você sabe o que isso é.

- Sei – admiti. – Tudo o que eu falo para você são as coisas que aprendi por experiência própria e, sobretudo, o tipo de pensamento que me ajudou a ultrapassar o que aconteceu. É que… acima de tudo, eu aprendi que o bullying só tem efeito enquanto você não se valorizar. E que também só vai haver bullying enquanto ele surtir efeito. Então é meio que um ciclo vicioso que você pode quebrar apenas por entender que é uma pessoa com tanto valor quanto qualquer outra.

Ela me fitou, embasbacada e incrédula.

- É tão simples assim?

- As melhores coisas costumam ser.

Ela riu, me levando junto.

- Estou apaixonada por essa Taylosofia. Não, sério… - nosso riso morreu aos poucos, até só restar o contato visual. – Você é incrível, Tay.

Sorri, meneando a cabeça e afastando o elogio.

- Tenho algo para você – minha memória disparou instantaneamente, levando-me a visualizar a imagem do pequeno embrulho dentro da minha mochila. Minha mão logo fez o percurso imaginado, colocando-o à luz do dia e em seguida, estendendo-o na direção de uma Sarah claramente surpresa.

- Para mim?

- É. Achei que estivesse precisando de um miminho.

Ela lançou-me um olhar curioso enquanto pegava o embrulho e o abria, encontrando no seu interior o medalhão que eu vinha preparando desde sábado.

- Meu Deus, Taylor, que lindo!

- Abra.

Ela se apressou a cumprir o conselho e logo me olhou emocionada, um verdadeiro brilho nos seus olhos. Dentro do medalhão, estavam duas fotos: uma da sua mãe e outra do seu avô.

- Você…

- Vem cá, eu coloco em você – me ofereci, sorrindo com toda a animação que a movia e  estendendo as mãos para o colar. Ela afastou o cabelo com delicadeza e eu prendi as duas pontas da peça. Quando ela se voltou de novo para mim, não pude deixar de pensar o quanto ela fica linda assim sorridente.

- Perfeito – ela alternava o olhar entre mim e o medalhão, porém, assim que falei, ela me puxou para um abraço apertado.

- Obrigada, obrigada, obrigada!

Ri levemente, divertido com seu excesso de emoção, mas também gradativamente mais nervoso.

- Não tem de quê. Eu só quero te ver feliz – fui falando enquanto nos afastávamos de novo. – Eu… eu me preocupo muito contigo, Sarah. Muito.

- Eu sei, Tay. Eu… eu te amo como meu amigo, eu…

Minhas mãos ainda estavam à volta da sua cintura e um “agora ou nunca” atravessou o meu pensamento.

- Eu te amo como mais do que minha amiga, Sarah.

Seus olhos fixaram os meus durante alguns segundos, parecendo suspensos no tempo, presos às palavras que tinham acabado de atravessar meus lábios. Momentos depois, eles estavam marejando e ela se abraçou a mim outra vez.

- Desculpa, Tay. Desculpa, desculpa… - meu coração deu um baque e um pensamento irônico passou-me pela mente, sugerindo que isso tinha estragado todo o clima. – Eu… eu…

Ela respirou fundo – eu conseguia ouvir sua respiração alterada pelo choro junto ao meu ouvido – e se afastou momentaneamente, ainda com as mãos nos meus ombros, parecendo decidida a dizer algo importante.

- Eu te amo como mais do que meu amigo também – pude até sentir o brilho voltar aos meus olhos e meu ritmo cardíaco acelerar despropositadamente. Porém, ela ainda mantinha um ar choroso e arrependido. – Mas eu… É muita coisa nesse momento, Tay. Eu não consigo pensar direito em nada, eu… Minha cabeça é um lago de nevoeiro, e…

- Hey – parei-a antes que as lágrimas conseguissem se soltar de seus olhos mais uma vez – tenha calma. Eu entendo isso. É normal! Essa última semana foi… uma montanha-russa, né?

Ela assentiu, mordendo os lábios e derramando algumas lágrimas. Abracei-a de novo.

- Tem calma, pequena. Por você, eu espero até quando for preciso.

- Eu te amo, Taylor.

- Eu te amo, Sarah.

10 comentários:

  1. Sarah com ciúmes é meiga, apenas muito meiga <3 E essa Mariah vadia, por que ela não vai pra esquina trabalhar ao invés de insultar a Sarah? E esse Taylor lindo defendendo Sarah, apaixonada por ele *--* OMG, SARAH CONTOU TUDO, TUDINHO PRO TAYLOR *u*
    E SENHOR, ESSA CONVERSA NO TELEFONE FOI A COISA MAIS AMOR EVER, MORRENDO, EU ESTOU MORRENDO TIA SOFIA <3
    Pfvr chocada ao saber que Taylor sofreu bullyng, ele é tão legal, como puderam fazer isso? <3
    Ai Tia, você me matou nesse capítulo, e foi uma maravilhosa estreia de blog. Pfvr, ansiosa pra saber o que se passará em seguida. Beijos e te amo ;**

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    1. OSPDIFMOSIMFSDPOGM Sarah e ciúmes é algo que pra mim não é bom, mas vc a chama de meiga. QUE É ISSO SDOPIMDSOFMDSPOMDSOGIM Boa ideia! Vá trabalhar, Mariah, dar o corpo ao manifesto-- OPA SDPOFIMPDSOIMDG Taylor defendendo a Sarah é tão amooooorrr <3 SARAH GANHOU CORAGEM E CONTOU YEAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHH
      OIDSMFISPOMFPDSOGFMPOSIMG conversas fofas no telefone <3
      Taylor e sua mega revelação do bullying :OO Adorei esse detalhe da personagem <3 EU SABIA ISSO TODO O TEMPO E VCS NÃO LALALA
      NHAAAAAAWWWWWWW apaixonads por ti, meu bem, que bom que amou <3 Te amo, em breve suas questões serão respondidas TAN TAN TAN <3

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  2. Olááá,leitora "nova" hsuauhs na verdade já leio faz um tempinho,desde o nyah,e bom eu tinha parado no meio da história no nyah,e quando eu fui procurar lá,a fic tinha sumido,quase chorei,sério, EU AMO ESSA FIC,é totalmente diferente e enfim,uma das minhas preferidas!
    Tu não tem noção da minha felicidade quando eu encontrei o blog,e vi os outros capítulos,eu começei a pular e minha mãe pulou junto comigo,sério HASHUAHUSUAHSHAU
    Enfim,estou muuuuito feliz,de poder ler de novo a fic e vou te pedir com todo amor: por favor poste loooogo novos capítulos,estou ansiosa!
    Beijos :3

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    1. Oi leitora "nova", fofa e anónima, seja bem-vinda (agora oficialmente)! Você tá merecendo óscar de leitora amorosa, honestamente. PQ TÃO FOFAAAA??? Então, amor, que bom que você achou o blog aqui!!!! Amei que sua mãe tenha pulado com você, beijos pra ela!!!
      Eu estou muuuiittooo feliz tb, pq afinal tenho outra leitora com quem não contava, YEYEYEYEY!!! A vida está meia chata pra escrever agora, mas eu vou tentar pegar um bom ritmo de novo e dar à EB a reta final que ela merece.
      Obrigada por tudo, flor, beijão!

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  3. Oiii baby, olha quem está por aqui... Uma fantasminha do nyah aushuahsuahuha O que dizer dessa fic perfeita? Serio, eu amo essa Sarah tão linda, e o Taylor, awwnn por que eu não tenho uma amigo assim? ~chorando ate a morte~ serio cara q fofo esse garoto! Eu nunca sei o q dizer aqui então, saiba q eu amo a fic e preciso de att! Pfvr posta logo, ja não aguento esperar!
    Beijo sua linda

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    1. Oi linda!!! É tão bom vê-la por aqui!!! Você era um fantasminha? :OOO <3 Que lindo isso ^^
      Nhaawwwwwww, obrigada!!! Fico mega feliz por você gostar tanto assim!!! :DDD Pois fique sabendo que estou trabalhando na att ;) Não sei quando sairá ainda, mas está em progresso ^^
      Beijão linda, obrigada por apoiar e ler!!!

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  4. SOFIAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA! Grita ela com emoção, tentando esconder seu passado. Ela sentiu muitas saudades, e não aguenta mais ficar longe desta fanfic. Ela está tremendamente triste por não ter voltado antes. I'M SORRY DARLING, I'M STILL INTO YOU! (AND YOU FICTION)
    AI MEU DEUS ISIFIABFIASFBPASIFJ MARIAH, SUA NAJA! I HATE YOU EVAH. NÃO XINGUE MINHA LINDA E FABULOUS SARINHA. ELA É UM AMOR DE PESSOA, E AS COISAS QUE VOCÊ FALOU PRA ELA SERVIRAM PRA VOCÊ. Poor Sarah ;-;
    AI TAY COMO VOCÊ É INOCENTE. Keep calm and be a better day. Ok, ok, mas... Nem tudo é como parece ser. -n Poor boy, siga as dicas da psicóloga.
    Que lindo os amigos todos ajudando a não deixar Sarinha sozinha. s2 Que amigos totalmente legais. TAY QUERENDO IR AO BANHEIRO IOA´SNDIDANG´dg isso teria sido uma cena muito engraçada de se presenciar... Mau pressentimentos. ohgod
    MARIAH VACA AÒF`FNDA`JF SUAAAAAAAAAA VACAAAAAAAAAA NOJENTAAAAAAA
    olha aqui seu taylorzinho ME DÁ UM ABRAÇO, SEU GATO. mandou ela à merda la la la al LA LA LA LA LA LA LA LA LA LA
    AI MEU DEUS FLORESTINHAAAAAAAAAAA VAI LÁ E BEIJA ELA E
    NÃOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO, NÃO BRIGUEM ;-; vou chorar <3 vem cá amores, vou abraçar vcs again ~abraçando~
    own tay perdou ela <3 tb acho que perder um pai, aparecer um "pai" e sofrer bullying não é fácil.
    AI MEU DEUS, VOU INFARTARRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRR. QUE COISA MAIS MEIGAAAAAA, LINDA, FOFA, PERFEITA E TUDO [ASJFPPISADJGÁDSG <33333333 COMO O TAYLOR CONSEGUE SER TÃO MEIGO MDS UM COLAR <3 <3 <3 E ELES RESOLVENDO OS PROBLEMAS NO BANCO DA FLORESTINHA NHAW AWW AWWW <3333333333 SEUS LINDOSSSS, MEIGOS QUE EU AMO
    "TE AMO" AAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHH, OS AMIGOS SE DECLARAM MAIS QUE AMIGOS, FINALMENTE! AMO VÓS, CAROS LINDOS. SGADSÓIGDG AI, ABRAÇOS, LÁGRIMAS, TUDO <333333 LINDOOOOOOSSS
    sófdagbasdugd AI MEU DEUSSSSSSS SEUS LINDOS QUE AMO
    MONTANHA RUSSA MESMO <3 mas vcs se amam, e estão aí e isso tudo é tão LINDO O O !!!!!!!!!!!!!!!! <3 <3 <3
    BEIJOS SOF LINDA, NEM PRECISA DIZER QUE EU >AMEEEI< O CAP, RIGHT?


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    1. comentário comeu a parte que eu falei sobre o telefonema!
      sua Sarinha fofa *-* muito bem falar com ele, vcs são tão lindos s]fls\]fk]sf~SJF ai vem cá s2 tfsfasjfif o que vai acontecer amanhã, omg

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    2. LUANAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! <3 QUE SAUDADE DE VOCÊ AQUI, MEU BEMMMMMMMMMMMMMMMMM <3333333333333333333333333 Mas tá tudo bem, seu comentário me animou pra CARAMBAAAA, ok. Não tinha um comentário assim faz séculos <3 TE AMOOOOO
      Ok, eu não sei o que é naja, mas DAMN YOU MARIAH, DEIXA AS PESSOAS EM PAZZZ!
      Taylor inocente de todos os dias, tem como colocar alguma realidade na cabeça desse garoto?
      Amiguinhos lindos esses <3 Eu queria ter visto Taylor com vontade de ir ao banheiro também, ia ser mega amor PIOSMOSIGM
      MARIAH HORRIPILANTE, FOGE DA NOSSA VISTA AMEN. Afinal havia como colocar alguma realidade na cabeça do Taylor, né? Pobrezinhos <3
      Comentário mau comendo partes ;_; Mas foi amar anyway UHUH <3 E o que aconteceu "amanhã" foi lindo, né? :333
      Obrigadão, Lu, te amo <3

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    3. SUA LINDA ♥ TE AMO TB!
      NAJA ASOKFAP´SFLSAF É UM TIPO DE COBRA. Tinha uma guria numa novela brasileira sobre a Índia que ficava chamando as as gurias assim de "Naja" e pegou uma certa modinha naquela época SKAP´GFLASÇ~FS´[FSOJFOZS mas é legal pq a Mariah me lembrou disso klzjgdlzkglxzvxv
      Taylor, taylor. SIM, FOI LINDÃO DEMAISSSSSSSSS! demais d e m a i s
      De nada, Sof gata, te amo tb <3

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