Capítulo 39


A night that just won't stop


Música do capítulo: Won’t Stop


Sexta, 14 de Maio
Sarah

Eu… eu ainda não acredito que vou escrever isso.
Mas eu vou. Eu vou mesmo. E você vai ter que acreditar em mim, escutou?!
Está pronto? Sim? É mesmo?!
Ótimo! Ok. Vamos lá.


TERMINAMOS O ÁLBUM!
O ÁLBUM ESTÁ TERMINADO!
THE END. DONE. FINISHED!

Incrível, não é? Tipo. Nosso. Primeiro. Álbum. De. Sempre. Terminado. Terminado para sempre. Oh, Deus, vou ter saudades do estúdio…

Ok, não é altura certa para falar disso. Sabe porquê? PORQUE TEMOS QUE FESTEJAR! O ÁLBUM ESTÁ TERMINADO, LALALA! LET’S PARTY!

Ai, Deus. Isso é tão estranho. Nós acabamos de gravar um álbum. E sabe que mais?! Ele está bom. Nós, adolescentes, novatos, principiantes, fizemos um álbum bom. Mais do que isso! Fizemos um álbum espetacular! Viciante! Apaixonante! E acredite no que eu lhe digo quando afirmo que esse país inteiro ainda vai conhecer o nome Paramore. Porque Deus sabe que o mundo não precisava de outra banda, mas que desperdício teria sido.

Nem deu para perceber que eu estou orgulhosa, pois não? Ha! Mas não pense que o trabalho já acabou! Não, ainda falta a arte para a capa do álbum e, claro, para a publicidade. Temos que promovê-lo. Lançar os singles nas rádios. Gravar – oh Deus, repare só nisso – os clipes de vídeo oficiais para eles. Isso tudo para ter certeza que, quando o álbum for de fato lançado (4 de Junho, uma data quase perfeita – disse a garota que nasceu a 4 de Julho), todos sabem disso e correm para comprá-lo, claro. Queremos ter sucesso com essa obra de arte. Porque ela merece. Nosso trabalho merece. E, sejamos sinceros, nosso talento também.

E outra coisa espetacular que me deixou super hiper mega animada: VAMOS FAZER UMA TOUR! SIM! Um mês de tour! Sinta a inveja, amigo. Eu e minha banda vamos tocar em palcos por todo o país durante um mês. Depois de lançarmos nosso primeiro álbum. EU SOU TÃO SORTUDA!

Faltar um mês para acabarem as aulas também é um fator legal no meio desse cenário. Além disso, o que mais podia eu querer? Tenho (quase) 15 anos, pertenço a uma banda, gravei um álbum, vou em tour esse verão, tenho os melhores amigos do mundo, uma mãe fantástica, um… bem, um Taylor! Brian também está sendo incrível, apesar de tudo.

Eu passei por muito esse ano, sim, mas acho que um dia vou olhar para trás e dizer que foi exatamente este o ano que mudou a minha vida. Conheci tristeza verdadeira, mas também conheci o verdadeiro significado de felicidade.

E agora, estou pronta para enfrentar o que quer que o futuro traga consigo.



Sábado, 5 de Junho
Taylor

Ontem à noite foi a festa de lançamento de All We Know Is Falling. Sim, foi mesmo. Nós gravamos um álbum, e ontem à noite ele foi lançado, para que hoje possa ser colocado à venda em lojas por todo o país. Meu Deus, ainda me parece tudo surreal.

Mas como eu sei que meu caro diário não acredita mais em tudo isso que eu mesmo, vamos ver se conseguimos fazer com que ontem à noite pareça mais real.

Vejamos… Eram cerca de 18h quando me comecei a arrumar cuidadosamente, tentando deixar minha impressionante cabeleira o mais apresentável possível. Não seriam bem vistas toucas numa festa dessas. Vesti uma calça jean preta justa, minha melhor All-Star e uma camisa branca com um colete preto por cima.

- TAYLOR! Desça logo!

Desci as escadas animado, indo de encontro à voz insistente da minha mãe. Eles também iriam à festa, porém – como eu ia com a banda – eles me deixariam em casa de Hayley, iriam jantar e só depois seguiriam para o hotel em Nashville, onde tudo decorreria.

- Pronto, já aqui estou. O que acha?

Dei uma volta sobre mim mesmo, estendendo os braços para os lados. Minha mãe inspeccionava tudo com uma concentração impenetrável.

- Uh-mm – ela fez, comprimindo os lábios e abanando a cabeça. – Não, assim não dá, Taylor. Toma, veste antes isso.

Ela abriu a porta do armário sob as escadas, quase desaparecendo para dentro dele durante breves momentos. Quando se voltou para mim, tinha nas mãos um blazer preto do meu pai, de lapelas finas. Sorri, reconhecendo-o prontamente como um dos meus favoritos. Despi o colete de imediato, entusiasmado por poder finalmente vestir aquela peça de roupa que sempre admirei. Minha mãe fez o casaco deslizar por cima das mangas da minha camisa e voltou-me para ela de seguida.

- Vê? Muito melhor. Vem cá, falta só um pequeno toque…

Ela inclinou-se de novo para dentro do armário, regressando com um pequeno lenço vermelho na mão. Ajustou-o dentro do bolso de peito do blazer, criando um triângulo suave. Depois, colocou-me em frente do espelho de corpo inteiro que havia sido pendurado na porta do armário. Analisei o reflexo. Eu estava…

- Perfeito – minha mãe notou com um sorriso, juntando as mãos em sinal de satisfação.

- Então, já estamos todos prontos? – meu pai, vestido num elegante terno, surgiu na sala. Balançava as chaves do carro nos dedos, como sempre fazia. Mas elas pararam de rodar assim que ele me viu – Uau! Você está… um homem, filho.

Ri-me, sendo acompanhado por ele e por minha mãe. Ele atravessou a sala em largos passos, abraçando-me. Suas palmadinhas no meu ombro diziam-me o quanto ele se orgulhava de mim, mais do que suas palavras alguma vez me poderiam dizer. Apertei de volta com mais força. Porém, separamo-nos pouco depois. Ele piscou-me o olho.

- Aproveite sua noite.


Chegamos a casa de Hayley cerca de um quarto de hora mais tarde. Teria sido pouco menos de cinco minutos, se minha mãe não se tivesse esquecido de… algo. Eu já não me lembro do que era, mas, pelos vistos, era crucial. Para uma mulher, pelo menos.

Enfim, com todos arranjados e em posse de todos seus bens de primeira necessidade (depois disso, eu verifiquei pela trigésima vez se meu celular e carteira estavam confortavelmente guardados no bolso interior do blazer), meus pais deixaram-me em casa de Hayley e seguiram caminho, provavelmente já antecipando o jantar a dois que teriam.

Já Christie não parecia estar tão descansada. Foi ela que me abriu a porta, mas até o abraço dela foi fugaz.

- Oi, querido, bem vindo. Olhem só como você está elegante!

- Oi, tia. Você também está um encanto – ela riu e descartou o elogio, abanando uma mão na minha direção, enquanto subia já as escadas.

- Eu vou só verificar como estão as garotas. Fique à vontade. Ah!, e se alguém bater à porta, atenda, por favor.

- Ok, tia.

- MÃE! ONDE VOCÊ FOI?! – a voz de Hayley ressoou por toda a casa.

Ri-me, dirigindo-me à sala. Resolvi tentar me distrair do nervosinho que começava a surgir no meu estômago com a televisão – o que, ao contrário do que eu desejava, não estava adiantando nem um pouco quando a campainha tocou. Levantei-me e caminhei até à entrada.

- Seja bem vindo à Funerária Flores. Alegramo-nos com suas dores. Será requerido a clientes que cheguem sem maca que vão pelo próprio pé até ao caixão. Falta de macas, sabe?

Jeremy ria de toda a minha atuação.

- Você está tão nervoso quanto eu, não é mesmo? – assenti energicamente e Jeremy me abraçou. – Não se preocupe, você está um charme, caro Benji.

- Obrigado, Clayton, seu cavalheiro. Você também não está nada mal – e eu estava sendo sincero. Jeremy tinha cortado o cabelo há pouco, deixando-o bastante mais curto. Para essa noite, ele tinha deixado sua popa levantada e eriçada. Além disso, estava parecido comigo, tirando a camisa azul – que, eu tinha de admitir, ficava muito  bem com seus olhos – e o laço vermelho. Muito estiloso.

Deixei-o entrar, mesmo a tempo de ambos sermos chamados à atenção por Christie, que vinha descendo as escadas rapidamente.

- Oi, Jeremy, querido!

- Oi tia!

- Eu te abraçaria, mas não há tempo para abraços – eu e Jeremy nos rimos, enquanto ela parecia continuar focando seu olhar no topo das escadas. – As garotas estão prontas.

Essa curta frase sussurrada pareceu-nos um passe de mágica, suscitando tanto alívio como antecipação dentro de nós. A certeza de que não chegaríamos atrasados também era reconfortante. Foquei meu olhar no topo das escadas – onde logo surgiu uma Sarah que eu mal reconhecia.

Senti a surpresa me atingir como um tsunami incontrolável, à medida que meu olhar percorria seu corpo. Ela usava um vestido vermelho escuro tomara-que-caia de saia rodada, colocando em destaque suas pernas brancas, que pareciam continuar para sempre – ou, pelo menos, até terminarem num  par de All-Stars brancas sem cano. Sorri de canto ao ver que esse pequeno detalhe combinava, sem querer, comigo. Sua face, enquadrada pelo penteado apanhado, parecia iluminada. A cada escada que ela descia alegremente, o batom vermelho – que deixava seus lábios mais grossos que o normal – evidenciava-se mais.

- Inspire… expire – Jeremy sussurrou ao meu ouvido, dando um pequeno risinho em seguida. Meu olhar, porém, não se desviou para ele. Sarah atingia o fundo das escadas.

- Que tal? – ela rodou sobre si mesma, fazendo com que saia ganhasse volume com o gesto e subisse ligeiramente. Expirei pesadamente.

- Você está… es-esplêndida – ela riu.

- Sim, você está lindíssima, Sarinha – Jeremy concordou, passando a alternar o olhar entre nós e o topo da escada, provavelmente antecipando a chegada de uma outra pessoa.

- Obrigada, meninos. Vocês também estão um charme, olhem só para isso – ela deu pequenas palmadinhas nos nossos ombros, enfatizando o fato de que estávamos envergando blazers. – Muito elegantes. E olha só, Tay, nós combinamos – sorri, apercebendo-me de que o lenço que minha mãe tinha colocado no meu bolso também combinava com o vestido de Sarah. Apontei para o lenço, tentando confirmar minhas suspeitas. Ela riu e assentiu. – Sua mãe deu uma ajuda com o vestido, sim.

- Foi uma espécie de conspiração de mães – Christie se pronunciou, lembrando-me de súbito de que ela ainda estava connosco na pequena entrada. Sinceramente, estava difícil até de lembrar de Jeremy.

Sarah inspecionava minha roupa, assentindo, sorrindo, notando detalhes como meu cinto de cabedal preto fino e as All-Star brancas que combinavam com as suas. Tive que me segurar particularmente quando ela tentou despentear minha cabeleira, rindo como uma maníaca a poucos centímetros da minha cara. Aquele batom vermelho era uma provação. Mas eu deixei de o ver quando o som de saltos altos embatendo na madeira chamou a atenção de todos – sendo que, até aí, Christie tentava conversar com Jeremy, sem muito sucesso – de novo para o topo das escadas. Jane, envergando um vestido azul turquesa justo, começou a descer as escadas rodando sobre si mesma – seja como for que ela conseguiu fazer isso.

- Cadê meus aplausos?! – ela calcou os últimos degraus normalmente, atingindo o nosso patamar. – Oi, garotos. Vocês estão extremamente gatos.

- Ahah, você também, Jane. Gostei da combinação entre o vestido e os olhos, reparem só.

- Foi facílimo escolher o vestido para ela. E olhem só como ficou perfeitíssima.

- Obrigada, Christie – ela sorriu largamente, olhando depois para Jeremy. – E você, indelicado? Não vai falar nada?

- Ér… Sim! Claro! É que… cara. Você está… uau – Jeremy sussurrou, tossindo e assentindo depois. Todos nos rimos do seu desconforto. Não que eu não compreendesse a reação dele, mas ficou impossível não rir com a sua expressão.

Quando os risos cessaram, voltamo-nos todos de frente para as escadas, esperando ver descer a última donzela. O que não aconteceu. Christie suspirou e apressou-se pelas escadas acima.

- HAYLEY! O qu—

Porém, ela – que também estava muito elegante no seu vestido de renda preto – estacou a menos de dois degraus do início da escada. Hayley aparecia no cimo, revirando os olhos ostensivamente e descendo sem a lentidão deliberada de Sarah ou a velocidade vistosa de Jane. Ela descia sem cerimónia, quase como se não soubesse que nós estaríamos esperando-a para podermos admirar seu aspeto. Mas ela sabia.

- Oh, Hayles – a voz de Jane fê-la parar e levantar seu olhar de imediato – não, não, não! Volta para atrás e desce tudo de novo, direitinho dessa vez. Vamos!

- Porquê? – Hayley olhou para todos nós, que concordávamos, como se fossemos doidos.

- O vestido, menina! Queremos apreciar tuas pernas gostosas – Jeremy notou, fazendo Hayley revirar os olhos de novo e descer os degraus que faltavam no ritmo lento e marcado de algo que cantarolava e se parecia estranhamente com a marcha nupcial.

- Melhor assim? – ela perguntou, ainda um pouco irritadiça, ao chegar junto de nós. Seu cabelo, antes laranja, estava vermelho escuro, destacando-se do vestido preto um pouco justo que vestia. Estava linda, com certeza, mas também incrivelmente elegante.

- Um pouquito. Qual é, queríamos apreciar sua beleza! – Jane justificou-se, abraçando-a sem aviso prévio. – ‘Tá um encanto.

Todos concordamos, distribuindo vários elogios diferentes. Depois disso, passamos a conversar sobre o dia que tínhamos tido – que, para as garotas, envolvia muitos mais preparativos – e a noite que antecipávamos. Esperávamos o pai de Hayley, Joe, que nos levaria diretamente para o hotel em Nashville, onde jantaríamos com os responsáveis da editora, incluindo Simon, Ben e até Travis. O próprio Joe ficaria conosco durante a refeição, visto que era o nosso agente. Christie, por seu lado, ficaria por ali e iria lá ter depois. Ela disse que era porque não tinha sido convidada para o jantar, porém nós sabíamos que estar com Joe num espaço pequeno e fechado também não seria muito do seu agrado.

Joe eventualmente chegou e nos levou na sua imortal mini-van, um poço de memórias para nós. Nela, tínhamos começado a nossa carreira como músicos amadores, como adolescentes fascinados pela sua capacidade de fazer música. E era nela que agora festejavamos nosso maior sucesso, sentindo que ainda muita coisa estaria por vir.

O jantar no hotel foi, como não podia deixar de ser, extremamente elegante e formal. Mas a companhia, essa, era bastante descontraída e animada – exatamente o que nós precisávamos para relaxar de forma a aproveitar a nossa grande noite. Incentivados e orientados por dicas de última hora e histórias divertidas sobre outros lançamentos, sentíamo-nos entusiasmados para a noite que se seguia como nunca.

E ela chegou. Se chegou. Os salões do hotel que se nos destinavam encheram mais rapidamente do que poderíamos imaginar e, em questões de minutos, estávamos sendo apresentados a todo o tipo de artistas renomeados, alguns dos quais haviam até sido fonte de inspiração para nós. Entre eles, havia também fãs que tinham ganho a entrada e, eventualmente, chegaram também nossos familiares. Christie, a última a chegar, trouxe consigo uma surpresa.

- Olhem só quem achei no caminho para cá – ela gracejou, tendo à sua direita Zac e, à sua esquerda, Josh. Ela pousou uma mão em cada um dos ombros dos garotos, porém, subitamente, começou a olhar em volta, parecendo procurar algo. – Espera, mas onde está—

- Christie, você esqueceu sua bolsa – Lisa apareceu por trás dela, estendendo a bolsa entre a cabeça de Zac e a da mulher que, decididamente, era a mãe de Hayley Williams.

Todos rimos e celebramos abraçando os recém-chegados. O ambiente de festa ao nosso redor sublimava a alegria e, agora, a sensação de que as pessoas que amavamos estavam naquela sala apenas nos deixava com mais vontade de aproveitar a noite. De nos divertirmos como nunca. O que provavelmente teríamos começado por fazer de imediato, se não tivesse surgido uma outra pessoa na sala de entrada.

Olhei rapidamente para Sarah e, em seguida, para Louise, constatando que ambas estavam chocadas. Brian, por seu lado, sorria largamente, caminhando em passos rápidos até à sua filha.

- Pai?! O que você está fazendo aqui? – pensei ver os olhos de Brian brilharem momentaneamente, mas logo ele retomou a compostura, abrindo os braços e abraçando Sarah, que, apesar de tudo, correspondeu imediatamente.

- Apoiando você numa noite importante – ele declarou, como se fosse a coisa mais natural do mundo ele aparecer quase do outro lado do país de súbito. – Desculpa o pequeno atraso.

- Tudo bem. Você tem desculpa, mesmo, né? Meu Deus. Ainda não acredito que você está aqui.

- Bem, aproveitei que tinha que marcar uma reunião com um cliente de Memphis e marquei para esse fim-de-semana.

- Você costumava dizer que os clientes iam a você, e não o contrário – Louise surgira de repente na conversa, cumprimentando Brian casualmente após sua tirada.

- Os tempos mudam, Louise – ele respondeu simplesmente, logo mudando o tema. – Uau, você está um encanto essa noite! E você, filha… lindíssima.

Sarah sorriu alegremente em forma de agradecimento, tentando ignorar a animosidade entre os pais. Brian cumprimentou primeiro os mais novos, que já conhecia, e logo foi apresentado por Sarah aos restantes pais, que incluíam os meus – Peter e Marie –, Christie e Joe, Kate Davis e Nora Streep. A partir daí, a conversa desenrolou-se agradavelmente e, por milagre, ininterruptamente.

Mas pessoas desapareciam aos poucos. Lisa e Zac foram os primeiros a serem perdidos de vista e, quando tomamos atenção, já só sobravamos eu e Sarah na conversa de adultos. Olhei para ela, que entendeu a pergunta subjacente e encolheu os ombros. Inclinei a cabeça discretamente e ela assentiu. Começamos a andar calmamente, mas sendo parados aqui e ali para ser apresentados a mais alguém. Isso tanto me fascinava como me aborrecia ligeiramente, sobretudo quando estava apenas tentando escapar sutilmente.

Eventualmente, porém, chegamos lá fora. Eu e Sarah. A sós numa pequena varanda qualquer.



POV Hayley

Meu olhar se focou de novo na vista. Ela me tirava, literalmente, o fôlego. Duvidei, por instantes, se seria realmente a vista ou simplesmente a situação.

- É realmente linda, não é? – Josh estava debruçado sobre o parapeito, o primeiro e último copo de espumante da noite entre as suas mãos. Assenti.

- Esplêndida, na verdade. As luzes da cidade parecem estrelas.

Estávamos no terraço de um dos últimos andares. A vista sobre Nashville era abrangente e, claro, absolutamente fenomenal. Uma boa distração, em princípio. Isto, se eu pretendesse me distrair.

- Não sei se há disto em Baltimore – ele acrescentou num tom bem-disposto. Ri abertamente, por mais que o assunto em si não me desse vontade de rir.

- Provavelmente, não. Deve ser uma cidade muito sem graça.

- Acho que é. Embora não possa ter a certeza se é culpa da cidade em si, ou simplesmente falta de boa companhia – e, com isso, ele desviou-se da paisagem estonteante, apoiando-se de lado no parapeito, voltando-se totalmente para mim. Imitei-o.

- Boa companhia é sempre precisa – suspirei. – Eu sinto sua falta, Josh.

Ele sorriu melancolicamente para mim, seu olhar sincero hipnotizando o meu. Eu sabia que falar isso podia ser um duro golpe para ele, considerando que ele fora quem tomara a decisão de ir. Mas nós éramos pessoas diferentes agora, e tínhamos aprendido que a honestidade era um elemento chave para isso funcionar. Então eu tinha que dizer o que sentia.

- Você não tem ideia de como eu me sinto lá – suas sobrancelhas se franziam pesadamente. Pousei minha mão na sua face, acariciando.

- Está quase terminando. Quer dizer… você vem para cá nas férias?

Ele assentiu, colocando sua mão sobre a minha. Afastei-a delicadamente, deixando que nossas mãos entrelaçadas pendessem ao lado dos nossos corpos que, inconscientemente, tinham se aproximado.

- Provavelmente voltaria mesmo que não quisesse. Meu pai também não está gostando dessa situação, ter que viajar toda a semana para poder ver a família… Ele diz que não é certo. Além disso… minha mãe engravidou de novo – ele sorriu abertamente.

- Engravidou?! De novo?! Meu Deus, isso é… incrível!

- Todos estão torcendo os dedos para que seja uma menina dessa vez – ambos nos rimos.

- Algo me diz que será. E olha que o meu instinto nunca falha.

- Você diria que tem… um Instinto Fatal? – ele perguntou de um jeito tanto safado quando misterioso. Gargalhei de novo, realmente divertida.

- Sim, mas não desse jeito.

Rimo-nos juntos durante mais alguns momentos, tentando fazer aquela sensação boa durar o máximo possível. Porém, ao invés de desaparecer quando as gargalhadas cessaram, o que me encheu foi uma sensação de conforto inigualável.

- Hayley? – quando deixei meu olhar focar no dele, vi que nossas caras estavam mais próximas do que eu imaginava – Você acha que consegue confiar em mim de novo?

Deixei a pergunta assentar até entender que a verdade era clara: eu não estava magoada com Josh. Não mais. Tudo o que tinha aconteceu finalmente era passado. E eu queria poder olhar para o futuro com ele a meu lado.

- Eu já confio – sussurrei calmamente, aproximando-me aos poucos.

Senti sua mão assentar na minha nuca, trazendo-me para mais perto, e os meus olhos se fecharam momentos antes de nossos lábios se encostarem de novo. Fazendo magia de novo, como só nós conseguíamos fazer. Completando-se, como só nós nos completávamos.

Nesse momento, aceitei que podia ser feliz com Josh Farro. E coitado do próximo que me tentasse impedir.



POV Lisa

- Mas Zac, você algum segundo para de comer? – brinquei com ele. Eu tinha ido ao banheiro e, quando cheguei, ele tinha mais um prato de aperitivos na mão.

- É que é muita gente famosa, Lise. Olhe em volta! Ainda ontem, eu daria um braço para conhecer 60% dessas pessoas.

- Então porque está aqui comendo em vez de se ir apresentar? – ela revirou os olhos para mim.

- Claro, porque tudo o que eu preciso é chegar lá e dizer “Oi, sou Zac, mega fã seu desde tipo… sempre”. Claro que nenhum deles me irá achar um perseguidor. Imagina. E o que eu respondo quando me perguntarem “mas quem é você exatamente?”, hm? Me diga, Lisa.Por favor.

Suspirei e tirei o prato da mão dele, pousando-o o mais longe possível.

- Zac, olha para mim – segurei a cara dele com ambas as mãos, olhando-o nos olhos como sempre fazia quando ele tinha crises dessas. Não eram tão comuns assim, mas aconteciam de quando a quando. Esse era o maior problema de Zac: ele nunca se tinha em conta, mesmo sendo o garoto mais incrível que eu já conhecera. – Você é Zac Farro, um nome que ainda vai causar inveja a, com certeza, 90% dessas pessoas. Você é um baterista excelente e o melhor humorista amador que eu já conheci. Você era, inclusive, o baterista dessa banda até há bem pouco tempo. E você não perde para Jane Streep nenhuma, ok? Nem para nenhum desses famosos. Então faça o favor de se considerar um pouco mais.

- Você acha mesmo, Lise?

- Zac, eu te amo. E eu nunca, em toda a minha vida, disse essas palavras de ânimo leve para ninguém. Você me conquistou com essa sua personalidade incrível, entende?

- Eu te amo muito, cinnamon – canela era o novo apelido que Zac arranjara para mim. Segundo ele, o cheiro da canela reconfortava-o, porque fazia-o sentir em casa. O resto é deduzível, certo? Inclusive a parte em que eu fico derretida por dentro e o beijo loucamente?

- Eu te amo mais, baby – retribui, aproximando-me lentamente dele, à medida que sentia suas mãos acariciavam minhas costas.

E, quando seus lábios pousaram lentamente nos meus, eu pensei que podia viver assim para sempre.



POV Jane

- Venha cá – minha única mão livre fechou-se em redor do pulso de Jeremy, puxando-o com quanta força tinha, em direção ao banheiro das garotas.

- Jane! – ele sussurrou vivamente – O que raios você está fazendo?!

- Preciso da sua ajuda. Lisa desapareceu do nada e agora não tenho ninguém pra me ajudar a apertar o vestido.

- E porque você precisa que lhe apertem o vestido, exatamente? – por essa altura, já tínhamos entrado no local. Voltei-me para ele, largando o compridíssimo zíper que corria o lado direito do meu tronco, que até aí segurara cuidadosamente, tentando parecer discreta e rezando para que ninguém notasse.

- Estava com… hã, dificuldades com o sutiã. Então tive que abrir. E aí, quando ia fechar de novo, ele quebrou. Dá para arranjar, mas desse ângulo eu não consigo.

Jeremy suspirou e passou as mãos na cara, provavelmente ainda não acreditando que entrara no banheiro das mulheres. Reprimi um sorriso.

- Certo. Certo. Deixa ver – ele se debruçou um pouco, tentando correr o fecho e logo achando o problema. – Oh, isso aqui é simples. Ficou preso no tecido debaixo – ele pressionou e logo conseguiu correr tudo. Suspirei de alívio.

- Ai, Jerm, obrigada, sério – abracei-o. Ele riu da minha gratidão exagerada. – Estava tremendo de medo de isso estragar de vez.

- O vestido é novo, não ia estragar – ele piscou para mim. – Se bem que você ficaria melhor sem ele mesmo.

Deixei meu maxilar cair enquanto soltava um riso abafado. Dei um tapa no braço dele com a força que consegui reunir naqueles poucos segundos. Ele soltou um “au” bem forte. Uma senhora saiu do banheiro privado.

- Ela precisava de ajuda com o vestido – Jeremy falou após alguns segundos para a senhora já não tão jovem que lavava as mãos sem nos encarar. Depois disso, ela dirigiu-se à porta. – Eu odeio você, Jane. Sério.

- Você é que teve a audácia de dizer que eu ficava melhor sem o vestido, não foi mesmo? – retribui num tom descontraído, sem nem me preocupar com toda a situação. Eu sabia os riscos que corria quando puxei Jeremy para lá. Não estava perto de me importar com o que as pessoas pensariam.

- Oh, queridos, como se eu não soubesse o que é ser jovem! Eu própria já fiz algumas dessas – a senhora, que estava agora parada em frente à porta, piscou para nós atrevidamente. Tentei não entender o que ela quereria dizer. – Divirtam-se enquanto podem, porque chegando à minha idade, é difícil encontrar alguém que alinhe em brincadeiras dessas com você.

E dito isso, ela saiu airosamente do local. Eu e Jeremy nos entreolhámos, pasmos, durante alguns segundos, mas, depois disso, o riso ficou impossível de segurar. Rimo-nos durante uns bons minutos, sem conseguir sequer parar para recuperar o fôlego.

- Ai, meu Deus – disse eu, ainda rindo, passado algum tempo. Debrucei-me um pouco sobre o lavatório, tentando analisar minha maquiagem no espelho. Estava precisando de alguns retoques. – Vem cá, Jerm. Segura aqui para mim, por favor.

Ele ostentava ainda uma expressão divertida quando chegou mais perto de mim e pegou a minha bolsinha de mão. Tirei o delineador de lá, corrigindo os pequenos defeitos. Jeremy recostou-se na borda da pia, apreciando toda a minha extensa experiência. Eu retirava e voltava a colocar produtos da mala com a rapidez e determinação de um profissional. Terminei retocando o gloss.

- O que acha? – voltei-me para ele. Jeremy franziu o sobrolho e estendeu uma mão para o meu queixo.

- Hm, tem só aqui uma coisinha… - ele se aproximou de mim e, antes que ele o tivesse feito, já eu previa o que ia acontecer. Porém, não me afastei como meu cérebro exigia. Deixei que Jeremy fizesse as coisas ao seu jeito.

Seus lábios selaram os meus calma, docemente. Como se ele me dissesse que tinha saudades. Retribuí do mesmo modo, sabendo que eu também as sentia. Já o vinha evitando há cerca de um mês. Eu só não antecipei que, ao contrário de todas as outras vezes, isso me afetaria a mim também. Mas a verdade era que, agora que eu revivia o que nós tínhamos, eu não conseguia deixar de me sentir culpada.

O beijo acabou da mesma forma que começou, ainda lento e calmo. Jeremy deixou sua  testa colada à minha. Deixei-me levar pelo seu olhar magnético.

- Você tem que parar de me ignorar.

- Eu sei, desculpa. Eu pensei que… que isso fizesse com que o problema desaparecesse. Mas não fez.

Ele negou quase impercetivelmente com a cabeça.

- Qual é o problema?

- Eu te amo como amigo, mas também te quero. Eu só não quero uma relação.

- Jane… - ele suspirou e, contrariamente ao que eu queria, se afastou de mim – eu não te entendo, mas eu gosto mais quando você está comigo, de um jeito ou de outro. Porém, a verdade é que, se formos amigos, vamos acabar nos agarrando anyway.

Soltei um pequeno risinho.

- Se você não tiver ciúme, eu juro que não tenho um problema com isso.

- Hmm… - ele ponderou, parecendo um pouco nervoso – po-podemos ser ficantes exclusivos?

Ele me perguntava isso como se tivesse medo da resposta. Como se tivesse medo que eu o negasse. Sorri docemente e me aproximei dele de novo.

- Seu bobo, nós já éramos.

E vendo seu sorriso se abrir a meros centímetros dos meus próprios lábios, eu soube que, se um dia eu realmente entrasse em uma relação, ela seria com Jeremy Davis.



Taylor

Recostei-me no parapeito da varanda, admirando a lindíssima vista da cidade. As luzes ligadas de inúmeros prédios e ruas tiravam o protagonismo às estrelas. Nashville podia não ser nenhuma Nova Iorque, mas, desse local, ela era certamente bela. Sarah encostou-se também, entrelaçando seu braço no meu e deitando a cabeça no meu ombro.

- Incrível, não é? Quero dizer, não só a vista, mas toda essa noite – olhei-a carinhosamente.

- Realmente incrível. Quero dizer, não só toda essa noite, mas também minha companhia.

Sarah levantou a cabeça do meu ombro e soltou uma pequena risada, fazendo-me segurar o ar durante momentos. Ela estava- Não, ela era algo de outro mundo. Mas aquele batom certamente ajudava a realçar isso.

- Poderia dizer o mesmo da minha – ela voltou-se para mim, sorrindo provocadoramente. – Tive muita sorte em conseguir um par desses antes que esgotassem.

- Sarah, você está assassinando o clima – suas sobrancelhas subiram, seu olhar me desafiando a continuar. Coloquei uma madeixa de cabelo caída atrás da sua orelha e, depois, pousei a mão na sua nuca. – Você tem que realçar o quanto o seu par é especial, único… A pessoa certa para você.

- Eu desconfio que ele já sabe – ela sussurrou, fixando a minha boca. Senti o meu coração quase largar voo à medida que nos aproximávamos mais. Esse momento era perfei—

- SARAH! – a voz de Brian chegou a nós antes dele, quebrando toda a magia do ambiente e fazendo com que nos afastassemos de súbito. Respirei fundo enquanto Brian saía para a varanda e logo parecia ser retirado de seus próprios pensamentos, olhando-nos um pouco desconfiadamente.

- Hmm… Desculpem se interrompi… É só que procuramos vocês por todo o lado e… estavam chamando vocês… quero dizer, a banda, e…

Brian tentava se explicar – sem muito sucesso – pouco à vontade, mas nós já sabíamos do que ele estava falando.

- Já é hora do comunicado?! Pensei que fosse só à meia-noite – Sarah pegou a minha mão e encaminhou-se de novo para dentro a toda a velocidade, deixado para trás um Brian ainda ligeiramente confuso.



POV Louise

- Oh… Brian! – exclamei, não esperando encontrá-lo naquela varanda quase escondida. O comunicado oficial em relação ao álbum acabara agora mesmo e, depois de aplaudir um pouco, decidi que precisava de um pouco de ar fresco. Minha cabeça estava doendo cada vez mais – Não sabia que você estava aqui. Eu vou só—

- Por favor, Louise, fique. Não precisa fugir de mim – só aí é que ele parou para analisar a minha expressão atentamente. – Dores de cabeça, hã?

Suspirei, meio que já esperando isso.

- É – ao escutar minha confirmação, ele estendeu a palma aberta para mim. – Brian, não. Não precisa, isso já passa—

- Louise. Não. Precisa. Fugir. De. Mim. Agora posso ajudá-la?

Passei uma mão pela cara, suspirando de novo. Assenti e coloquei minha mão em cima da dele. Seu polegar passou a massagear pequenos círculos no centro da minha palma. Tentei bloquear todos os pensamentos sobre o toque da sua mão, sobre como parecia não ter mudado nem um pouco.

- Você está provavelmente muito orgulhosa essa noite, não? – ele fez conversa, dando-me, graças a Deus, um pretexto para ignorar meus pensamentos. Sorri.

- Sim, claro. Mas o melhor de tudo é ver Sarah… radiante. Há anos que não a via assim – Brian alternava sua atenção entre a minha palma e o meu olhar, mas com essa última frase, focou-se apenas na primeira. Vi suas sobrancelhas ficarem carregadas.

- Louise… - ele finalmente levantou o olhar para mim. – Desculpe-me. Eu sei que isso não serve de nada, não corrige nada, nem sequer prova nada, mas… Desculpe-me. Eu… eu desejo com tudo não ter feito a maior parte das coisas que fiz… Eu estava errado em t-tudo—

- Brian – pousei uma mão no seu ombro depois de ver seus olhos brilhando intensamente. Ele estava sendo sincero. Quanto mais ele gaguejava, mais eu comprovava isso. Quer dizer, Brian Jones, o grande advogado, gaguejando? – Eu sei. Eu vou tentar confiar mais em você daqui para a frente, ok? Só… não a magoe mais.

Ele assentiu e sorriu fracamente para mim.



Taylor

Depois do comunicado, fomos engolidos de novo pela festa, conhecendo artistas atrás de artistas, fãs, pessoas ligadas ao mundo do espetáculo cujo contato nos convinha. Não me interprete mal, eu estou completamente grato por todas essas oportunidades incríveis, por tudo o que conseguimos ontem à noite e também pelo que temos conseguido até hoje.

Mas o momento não se voltou a repetir. Eu e Sarah regressamos a casa ontem à noite sem conseguir mais nenhum instante a sós. E agora, o mais provável é que tudo isso seja ignorado da próxima vez que nos encontrarmos.

De qualquer forma, não posso dizer que não estou grato por uma noite daquelas. Foi tão perto de perfeita quanto poderia ter sido. E eu e Sarah talvez consigamos um momento melhor em breve. Porque a verdade é que tudo está sendo bom para nós. Para mim, pessoalmente, a vida está correndo melhor do que eu alguma vez poderia prever.

Sim, sou o mesmo Taylor de há alguns anos atrás. Mas acho que estou finalmente descobrindo o que é ser feliz.

8 comentários:

  1. hasdsdshgsahdgajshdgashdgashdgajsdashdgahsdg que capitulo tão lindo *.* adorei, adorei, adorei *------------*

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    1. Pára de ser fofaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa *_* Pronto, ok, não pares <3 DSOFMIDSPOIMFSDOIMPOFSMG Ainda bem que gostaste <3

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  2. Sofia... Como você escreve... perfeitamente.
    Sério... Eu tive uma ideia... so... Maybe. Yeah...
    Eu amei esse cap. Sério. ESTÁ LINDO, PERFEITO, APAIXONANTE, TODOS OS ADJETIVOS BONS QUE AINDA NÃO USEI PARA DESCREVER ESSA PERFEIÇÃO!!!
    Olha o escândalo que eu fiz... sos.
    Enfim, beijos da sua ninja e até mais. <3

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    1. GIIIIIIIIIIIII! <3 Sua linda!!! Que ideia é que você teve? :OO
      SUPER OBRIGADA, MEU DEUS, COMO VOCÊ É UMA LINDAAAAAAAA <3 Só tá mega comprido e romântico, pra dizer a verdade SDPOFIMSPOGIMSFGM
      Amo seus escândalos quando acontecem ;)
      Beijão, ninja minha que eu quiero mucho <3 Obrigadérrimo por ser perfeita como você é :***

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  3. Renally Vasconcelos9 de abril de 2013 às 23:14

    Sofia, sua linda, como você faz pra ser tão perfeita? Serio cara, esse cap ta perfeito e lindo! OMG, CADÊ ESSE BEIJO QUE NÃO SAIU? KKKKK
    Enfim, beijos gata, I LOVE YOU <3

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    1. Oi linda!!! Obrigadérrimo <3 ESSE BEIJOOO sairá em breve ^^
      Beijão amor, obrigada!!!!!! I love you too <3

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  4. Oi,é a Vitória :3
    Mdsss que fofo esse capítulo! Ele ficou perfeito,sério.
    Eu quase tive um ataque achando que os dois iam se beijar shauhua
    Tão orgulhosa da banda <33
    Desculpa não ter comentado antes,mas é pq só tive tempo de ler agora.Enfim,ficou lindo! To esperando pelo próximo capitulo,beijo!

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    1. Oi Vitória!!!
      Muito obrigada, sua fofa! Que bom que gostou :)
      DSOIFMPSMG Quase beijo!!! Quero ver como será com o beijo a sério, lalalaaaa
      <3
      Tudo bem, meu amor!!! Muito obrigada pelo comentário! O próximo talvez seja postado ainda hoje!!! :D Beijão!

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